Nos últimos dias, estudantes brasileiros de medicina da Universidade Amazônica de Pando (UAP), localizada em Bella Flor, conhecida como Porto Evo Morales, na fronteira com Plácido de Castro, relataram uma série de irregularidades. Entre as denúncias estão falta de infraestrutura, negligência, casos de assédio sexual e exigências burocráticas inviáveis.
Um dos episódios mais recentes envolveu a anulação de uma prova sob a acusação de cola, o que prejudicou cerca de 350 alunos. Indignados com a situação, os estudantes realizaram um protesto pacífico na quarta-feira, 27, que se estendeu por mais de 15 horas. Após negociações, a universidade aceitou permitir que os alunos refizessem o exame, encerrando o impasse.
Em um vídeo divulgado, representantes dos estudantes explicaram que o protesto foi motivado pela injustiça das acusações, que eles consideraram infundadas. “Provaram que os alunos não colaram na prova. Estamos aqui para mostrar que somos trabalhadores, pais de família e jovens com o sonho de se tornar médicos, e não merecemos passar por humilhações”, afirmou um dos manifestantes.
Os estudantes também declararam que continuarão lutando por melhorias na universidade, exigindo que as falhas graves identificadas sejam corrigidas. “Se for necessário, enfrentaremos novos desafios com a mesma disposição, coragem e garra. Nosso objetivo é garantir respeito e condições adequadas para todos os acadêmicos que estão aqui buscando realizar o sonho de ser médico”, concluiu o representante do grupo.