Após feminicídios, Acre intensifica ações de enfrentamento à violência contra a mulher

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O governo do Acre, por meio da Secretaria de Estado da Mulher (Semulher), intensifica as ações de conscientização e atendimentos para mulheres, com o objetivo de ofertar suporte às vítimas de violência e prevenir que aconteçam novos casos, inclusive de feminicídios. A partir desta quarta-feira, 6, a Semulher realiza atendimentos às mulheres com a Unidade Móvel de Acolhimento à Mulher, o Ônibus Lilás, em localidades estratégicas, como em frente ao Palácio Rio Branco e ao Terminal Urbano, na capital. Os serviços jurídicos, de assistência social e psicológicos também são realizados nos municípios do interior do Acre.

As ações foram planejadas com o intuito de combater a violência contra as mulheres. Como parte das iniciativas, a partir desta semana, haverá atendimento especializado para vítimas de violência doméstica de segunda a sexta-feira, em frente ao Palácio e ao Terminal Urbano, além de outras atividades que serão desenvolvidas ao longo do mês.

A medida facilita o acesso das vítimas a informações, suporte psicológico e assistência jurídica e, além disso, divulga os canais de denúncia. “Queremos que esse crime deixe de existir no nosso estado. O feminicídio é um crime evitável, mas, para isso, o ciclo da violência precisa ser rompido. Aquela mulher que precisa denunciar e não sabe como, pode nos procurar. A Semulher está à disposição para ajudar, auxiliar, no que for preciso. É por isso que promovemos essa ação”, explicou a secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa.

As mulheres que buscarem apoio também terão acesso a encaminhamentos para abrigos temporários, se necessário, e podem contar com o acolhimento inicial da equipe multidisciplinar e receber encaminhamentos a outras instituições de apoio. A Secretaria da Mulher disponibiliza um número de celular institucional, tanto para ligações quanto para mensagens via WhatsApp, por meio do contato (68) 99930-0420.

Mirian Assis, de 22 anos, foi atendida no Ônibus Lilás e disse ser uma iniciativa para fazer aquilo que precisa. “O atendimento foi muito bom, é uma ótima iniciativa, eu precisava, mas nunca fui atrás por causa de problemas financeiros, e por outros problemas que afetaram meu psicológico, me impedindo de buscar ajuda. Esse projeto é muito bom. Sei que existem outras mulheres que precisam e que estão em situações mais delicadas que a minha”, disse.

“Estamos empenhados não apenas em acolher, mas também em prevenir. A Semulher tem feito o acompanhamento dos casos aqui no Acre e um plano de ação pontual para acabar com esse crime, para que todas as mulheres possam viver com liberdade”, destacou a diretora de Políticas para Mulheres, Joelda Pais.

 

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