O rinovírus permanece como o principal causador de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e adolescentes de até 14 anos nas regiões Norte e Nordeste, conforme o Boletim Infogripe, divulgado nesta quinta-feira (11) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No Acre, os dados indicam queda nos casos de SRAG tanto a curto quanto a longo prazo.
O estudo, baseado em dados do Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), abrange a Semana Epidemiológica 46, que corresponde ao período de 10 a 16 de novembro. Desde o início da pandemia, foram registrados 383.945 casos de SRAG no país, dos quais 168.945 foram confirmados e 2.079 resultaram em óbito.
Aumento em estados e capitais
Apesar da redução no Acre, seis estados apresentam tendência de alta a longo prazo nos casos de SRAG: Amapá, Ceará, Goiás, Maranhão, Rio de Janeiro e Roraima. Entre as capitais, sete registraram aumento: Boa Vista (RR), Fortaleza (CE), Macapá (AP), São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Teresina (PI) e Vitória (ES).
Impacto nacional
No acumulado de 2024, o Brasil já contabiliza 158.788 notificações de SRAG. Desses, 74.205 (46,7%) tiveram resultado positivo para algum vírus respiratório, enquanto 67.820 (42,7%) foram negativos, e 8.288 (5,2%) ainda aguardam resultados laboratoriais.
Entre os casos positivos registrados nas últimas semanas, a Covid-19 se mantém como o vírus predominante, representando 61% dos diagnósticos. Na sequência aparecem o influenza A (14,1%), influenza B (10,4%) e rinovírus (10,9%). O vírus sincicial respiratório (VSR) não apresentou registro no período.
Quanto aos óbitos por SRAG no ano, foram confirmados 9.726 casos, com 51,2% associados a vírus respiratórios. Desses, a maior parte (52%) está relacionada ao Sars-CoV-2, seguido por influenza A (28%), rinovírus (8,7%), VSR (8,4%) e influenza B (2%).