Bastante comovida, a deputada federal Socorro Neri (PP) manifestou indignação e empatia ao ler o relato de uma mulher vítima de violência sexual e agressão em Feijó, no interior do Acre. Em uma publicação nas redes sociais nesta terça-feira, 29, a parlamentar afirmou que o depoimento da vítima lhe causou “lágrimas de empatia, tristeza e indignação” e se comprometeu a atuar em prol de uma resposta rápida e rigorosa das autoridades envolvidas.
Socorro Neri formalizou por meio de ofício, uma solicitação para que o caso seja investigado com prioridade e transparência junto ao Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), à Defensoria Pública do Estado (DPE/AC), à Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) e à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam).
A deputada compartilhou que já obteve um retorno do Gabinete de Segurança, informando sobre a abertura do processo de apuração. “O crime praticado contra Neuma é um crime praticado contra todas nós mulheres, e não pode ser negligenciado”, enfatizou a deputada.
RELEMBRE O CASO
A vítima, Neuma Braga, relatou em suas redes sociais ter sido vítima de estupro e agressão em uma propriedade rural. O episódio ocorreu no dia 31 de agosto, quando, enquanto dormia em uma rede, Neuma foi surpreendida por um homem que tentou forçá-la a manter relações sexuais. Ao resistir, a vítima foi agredida violentamente, recebendo um soco no rosto que a deixou desacordada. Seu companheiro, ao retornar ao local com outra pessoa, encontrou Neuma desmaiada e sem roupas. Um exame médico constatou diversas lesões em seu corpo, além de sinais de abuso com a introdução de um objeto em sua parte íntima.
Após quase dois meses sem respostas, Neuma decidiu tornar pública sua história, em um apelo por justiça. Desde o ataque, ela enfrenta um período de angústia e insegurança, necessitando de acompanhamento psicológico e medicação para lidar com o trauma. “Estou fazendo acompanhamento psicológico, mas mesmo assim tem sido dias escuros”, relatou em seu desabafo. “A dor na alma é a que mais machuca. O pior é quem fez tudo isso continua solto vivendo normalmente como se nada tivesse acontecido. Contudo, eu confio na justiça e sei que uma hora ou outra tudo isso vai ser resolvido.”
O caso também repercutiu na sessão desta terça-feira, 29, na Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac).