A capital do Acre, Rio Branco, alcançou nesta quarta-feira (9) o triste marco de ser a cidade mais poluída do Brasil, com um Índice de Qualidade do Ar (AQI) de 132, segundo dados do monitoramento do AcreBioClima, da Universidade Federal do Acre (UFAC). O nível de poluição é considerado “prejudicial para grupos sensíveis”, superando metrópoles como Campinas (SP), Porto Velho (RO), Curitiba (PR), Manaus (AM) e Recife (PE).
O principal poluente identificado na atmosfera de Rio Branco é o material particulado fino (PM2.5), que registrou uma concentração de 47,9 µg/m³. O PM2.5 é composto por partículas microscópicas que podem penetrar profundamente nos pulmões e até atingir a corrente sanguínea, sendo especialmente perigoso para pessoas com problemas respiratórios, idosos e crianças.
Conforme o índice AQI, um valor acima de 100 já é considerado prejudicial para pessoas sensíveis, como aquelas que possuem condições pré-existentes de saúde, além de afetar a qualidade de vida de toda a população. A situação em Rio Branco, que tem sido agravada pela intensa temporada de queimadas na região, colocou a cidade no topo do ranking das mais poluídas do país.
Enquanto Campinas, São Paulo, Manaus e Porto Velho, outras cidades com histórico de poluição atmosférica, apresentaram níveis de AQI mais baixos, Rio Branco segue registrando piora em seus índices de qualidade do ar. A população local é aconselhada a evitar atividades físicas ao ar livre, especialmente nos horários de pico da poluição, e adotar medidas de proteção, como o uso de máscaras. Grupos sensíveis, como portadores de doenças respiratórias, devem redobrar os cuidados e buscar ambientes internos e climatizados para minimizar os efeitos adversos da poluição.