Entre agosto de 2023 e setembro de 2024, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) registrou um aumento de 88% nas ocorrências de crimes ambientais na Amazônia Legal, em comparação com os 14 meses anteriores.
Institutos como o Imazon indicam que a degradação florestal nos nove estados que compõem a região é a maior dos últimos 15 anos. Entretanto, a PRF atribui o crescimento no número de ocorrências à intensificação da fiscalização por meio do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Amas).
Instituído em julho do ano passado para combater diversos crimes na Amazônia Legal, o plano levou a um aumento de quase 148% nas operações de fiscalização. Consequentemente, as ocorrências de crimes ambientais subiram de 932 para 1.754. O número de pessoas fiscalizadas aumentou 115%, passando de 13.226 para mais de 28 mil, e o de veículos abordados cresceu cerca de 110%, de 13.526 para 28.607. As apreensões de minérios subiram mais de 170%, e as de madeira, 65%.
Além das abordagens e apreensões, a PRF causou prejuízos significativos ao crime organizado, inutilizando equipamentos de garimpo ilegal, como balsas, motores, tratores, escavadeiras, caminhões, aviões e helicópteros. Em nota, a PRF destacou que o Plano Amas receberá um investimento de R$ 1,2 bilhão do Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES.
A Amazônia Legal cobre 58% do território brasileiro, abrangendo nove estados das regiões Norte (Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins), Centro-Oeste (Mato Grosso) e Nordeste (Maranhão).