Famílias na Cidade do Povo serão obrigadas a deixar terrenos invadidos em até 15 dias

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Aproximadamente 15 famílias que moram no Ramal do Herculano, na entrada da Cidade do Povo, em Rio Branco, foram surpreendidos com a chegada de Oficiais da Justiça, acompanhados da Polícia Militar, nesta terça-feira, 15, que apresentaram um termo de reintegração de posse em favor do governo do estado.

Conforme o serralheiro Wanderson Rocha, 25, as famílias moram no local há pelo menos dez anos e não receberam até o momento nenhuma garantia do governo do estado. “Chegou aqui o papel de reintegração de posse, mas não estão garantindo nenhum aluguel social, nenhuma casa e querem que a gente saia sem nada e isso não correto”, afirma.

O morador conta que no documento recebido há um prazo de cerca de 15 dias para que as pessoas deixem os locais.

A reportagem do ac24horas entrou em contato com o Governo do Estado. Em nota assinada pelo secretário de Habitação e Urbanismo, Egleuson Santiago, a gestão confirma a reintegração de posse, mas afirma que não irá usar a força para retirar os moradores e que está realizando um levantamento social para identificar as famílias que necessitam de aluguel social ou outras formas de apoio e amparo social.

Leia abaixo a nota:

NOTA PÚBLICA SOBRE A DESOCUPAÇÃO VOLUNTÁRIA DE ÁREA DESTINADA AO PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA NA CIDADE DO POVO

A Secretaria de Estado de Habitação e Urbanismo (Sehurb), em parceria com a Procuradoria Geral do Estado, informa que a despeito da ocupação de 32 lotes da Cidade do Povo destinados à construção de casas populares do programa Minha Casa Minha Vida, que a reintegração de posse determinada pela justiça estadual é para desocupação voluntária.

Importante destacar ainda que nenhum dos ocupantes da área está sendo removido, uma vez que nossa prioridade é a busca de uma solução que respeite os direitos dos envolvidos, assim como a garantia da construção das casas, em parceria com o governo federal, projeto essencial para atender às demandas habitacionais do Estado.

O Estado entende que, apesar de tratar-se de uma invasão de área com destinação prévia, nunca será pela força que se resolverão os conflitos fundiários postos. Esta não é, e não será, jamais, a forma de agir desta gestão.

Neste momento a Sehurb está realizando um levantamento social para identificar as famílias que necessitam de aluguel social ou outras formas de apoio e amparo social.

Essa ação reflete nosso compromisso com a defesa do patrimônio público e com a implementação de políticas habitacionais que beneficiem toda a sociedade, assim como as necessidades do grupo em questão.

Reafirmamos que seguimos trabalhando pela melhoria das condições habitacionais em nossa região e garantia da ordem social, sem prejuízo dos projetos em andamento.

Egleuson Santiago
Secretário de Estado de Habitação e Urbanismo

Fonte: Ac24horas

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp