Edvaldo Magalhães aprofunda debate a respeito do setor de Nefrologia: “um grande escândalo”

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Em discurso nesta quarta-feira (23) na Assembleia Legislativa do Acre, o deputado estadual Edvaldo Magalhães (PCdoB) aprofundou o debate acerca da decisão da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) de desativar o setor de Nefrologia da Fundação Hospitalar do Acre (Fundhacre). Ele classificou a medida como um “escândalo”.

“As pessoas vêm de longe, da área rural. Você tinha um transporte que ia busca-lo para fazer o atendimento. Na Fundação, quando alguém de idade tem algum tipo de reação, na mesma hora já se desloca para fazer um exame, já se aplica um remédio. Lá no particular, se precisar tomar um Anador, uma Novalgina, tem que pagar, porque o contrato é apenas para fazer a diálise”, disse Edvaldo Magalhães.

“Ontem lá foi dito pela diretora que o produto já chegou. Está lá no almoxarifado. Chegou. Secretario Pedro, enquanto há tempo, chame o pessoal de volta a retomar os serviços da hemodiálise da Fundação, porque a justificativa utilizada hoje é escandalosa. É de que o custo paciente na Fundação Hospitalar é maior do que o custo paciente no setor privado. Onde é que já se viu, fazer uma conta as avessas, uma conta mal feita para justificar a sabotagem no Sistema Único de Saúde. Um hospital como a Fundação Hospitalar não pode deixar de ter a sua ala de nefrologia, não apenas para casos gravíssimos, mas para o tratamento cotidiano”, ressaltou.

Edvaldo Magalhães disse ainda que foi apresentado uma tabela pela Sesacre a respeito dos pagamentos. O governo gasta atualmente com o aluguel das máquinas o valor anual de R$ 1 milhão e 250 mil. O aluguel com van, para o transporte de pacientes, é de R$ 1 milhão e 50 mil.

“Eles pegam essa conta para dizer que está caro com relação ao serviço do privado. Ora, se está superfaturado o contrato da van não vamos colocar na conta do paciente de hemodiálise, pelo amor de Deus. Estamos diante de um grande escândalo e só existe uma medida: enquanto há tempo, secretário Pedro, desfaça essa decisão mal tomada, porque se tiver um mergulho sequer do Ministério Público, não precisa nem ter boa vontade, é preciso só olhar o que está ocorrendo, de desmontar um local perfeito para fazer um trabalho para transformar isso num negócio da Saúde”.

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