Defesa Civil propõe retirada preventiva de famílias para minimizar impactos da cheia do Rio Acre

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A Defesa Civil de Rio Branco apresentou à prefeitura uma proposta para reduzir os prejuízos causados pelas cheias anuais do Rio Acre. A medida, sugerida pelo coordenador da Defesa Civil, tenente-coronel Cláudio Falcão, tem como objetivo realizar a retirada preventiva de cerca de 600 famílias dos dez bairros mais vulneráveis antes que o rio atinja níveis críticos. A ação seria desencadeada assim que o nível do rio alcançasse a marca de 10 metros, conhecida como “cota de atenção”. Atualmente, as evacuações só ocorrem quando o rio ultrapassa os 14 metros, já em situação de transbordamento.

Em março deste ano, as cheias do Rio Acre atingiram diretamente 15 mil pessoas, forçando a remoção de quase 3 mil para abrigos de emergência. Nos últimos anos, as respostas às enchentes têm sido consideradas tardias, com a construção de abrigos iniciando quando as inundações já estavam em curso, resultando em grandes perdas materiais para muitas famílias. “Precisamos agir com antecedência. Normalmente, removemos as famílias quando o rio atinge 14 metros, mas estamos propondo antecipar isso para quando o nível atingir 10 metros. Entre 10 e 14 metros, o nível do rio pode subir rapidamente em poucos dias”, explicou Falcão.

Se aprovada pelo prefeito Tião Bocalom, a medida garantirá a remoção das famílias para abrigos provisórios e o transporte seguro de seus pertences, evitando perdas significativas de bens. Entretanto, o principal desafio da proposta é o alto custo de uma operação preventiva desse porte para o orçamento municipal. Mesmo assim, a ação pode ser vista como um investimento, já que preveniria prejuízos materiais e aliviaria a pressão sobre os recursos públicos durante as situações de emergência.

Agora, cabe à gestão municipal avaliar a viabilidade e a implementação da proposta antes da chegada da próxima cheia.

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