Jordão, um município acreano com pouco mais de 9 mil habitantes, enfrenta uma severa crise de abastecimento devido à seca extrema do Rio Tarauacá, que compromete a logística de transporte de mercadorias para a região. O impacto mais imediato é o aumento expressivo no preço do gás de cozinha, que chega a custar até R$ 250 por um botijão de 13 quilos, comparado aos R$ 160 anteriores à crise.
A navegação no Tarauacá, que historicamente serviu como principal via de transporte, está severamente prejudicada, com o nível do rio em queda livre. As embarcações, que costumavam completar a travessia em cinco dias, agora levam até 12 dias, exacerbando a situação de desabastecimento.
No mês de agosto, o nível do rio atingiu um recorde alarmante de apenas 64 centímetros, forçando a prefeitura de Jordão a decretar estado de calamidade pública, válido até 19 de novembro. O decreto visa a busca por alternativas que amenizem o isolamento da cidade e os aumentos nos preços de produtos essenciais.
Além do transporte fluvial, Jordão depende também de voos de pequeno porte para receber suprimentos, mas essa opção enfrenta restrições tanto em capacidade quanto em custo, o que limita ainda mais as possibilidades de abastecimento.