Queimadas no Acre disparam nos cinco primeiros dias de setembro e preocupam autoridades

 


As queimadas no Acre continuam a se intensificar, criando uma densa cortina de fumaça que vem cobrindo o céu da região e afetando não apenas o estado, mas também áreas vizinhas. Só nos primeiros cinco dias de setembro, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) detectou 664 focos de incêndio, um aumento expressivo em relação ao mesmo período do ano passado.

Comparado a 2023, quando foram registrados 488 pontos de fogo entre 1º e 5 de setembro, o estado já contabiliza uma alta de 36% no número de queimadas. Em agosto, o cenário também foi alarmante, com o Acre registrando quase 2 mil focos, o que o colocou na 10ª posição no ranking dos estados com mais queimadas no Brasil. Esse valor representa um aumento de 44% em relação ao ano anterior, demonstrando o agravamento da crise ambiental na região.

Crescimento expressivo em 2024

No acumulado do ano, o Acre já registra 3.401 focos de incêndio até o dia 5 de setembro, um crescimento de 59% quando comparado ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 2.136 focos. O aumento significativo das queimadas preocupa especialistas e autoridades, que apontam que as condições climáticas secas e a falta de fiscalização são fatores que contribuem para o avanço dos incêndios na floresta.

A fumaça gerada pelos incêndios florestais vem causando impacto direto na qualidade do ar, com efeitos sobre a saúde da população, especialmente em crianças e idosos. Além disso, a visibilidade reduzida em algumas áreas tem dificultado o tráfego aéreo e rodoviário.