Queimada em Rio Branco/Foto: Sérgio Vale
O início desta semana trouxe um cenário alarmante para diversas regiões do Acre. Segundo dados dos boletins diários sobre o nível dos rios, qualidade do ar e previsão do tempo, publicados pelo Governo do Estado, a qualidade do ar é considerada “péssima” em cidades como Rio Branco, Sena Madureira, Manoel Urbano, Porto Acre, Santa Rosa do Purus, Brasiléia, Xapuri e Assis Brasil. De acordo com a tabela do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), a classificação de qualidade do ar na cor roxa indica um nível extremamente prejudicial à saúde.
Em outras áreas do estado, como Tarauacá, Jordão, Feijó e Cruzeiro do Sul, a qualidade do ar é qualificada como “ruim”, enquanto Plácido de Castro é o único município com índice moderado (classificação verde). O monitoramento é feito pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), através do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma), responsável pela coleta de dados e suporte às operações de combate às queimadas e ao desmatamento no Acre.
A fumaça que afeta o estado tem origem tanto local quanto em regiões próximas, como a Bolívia e a Zona de Desenvolvimento Amazonas, Acre e Rondônia (Amacro), onde as queimadas têm se intensificado nas últimas semanas. Os ventos carregam o material particulado, comprometendo gravemente a qualidade do ar.
Além disso, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta amarelo para o Acre devido à baixa umidade relativa do ar. Esse fator, combinado com as queimadas, agrava ainda mais a situação, contribuindo para riscos à saúde, principalmente respiratórios.
A população é orientada a redobrar os cuidados, principalmente entre os grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios, além de seguir as recomendações de hidratação e evitar atividades físicas ao ar livre nos períodos mais críticos do dia.
As operações de fiscalização ambiental no estado seguem em curso, com o objetivo de combater as queimadas ilegais, que têm sido as principais causadoras do aumento dos níveis de poluição atmosférica no Acre.