Presidente da Câmara é detido e leva choque da PM em Acrelândia; Rozeno nega desacato a policiais

O presidente da Câmara de Vereadores de Acrelândia, Rozeno da Silva Melo, e seu filho Marcelo da Silva, foram detidos pela Polícia Militar (PM) na noite de sexta-feira (6) por suposto trote telefônico e desacato policial em uma distribuidora da cidade do interior do Acre. O vereador passou mal e precisou ser levado ao hospital da cidade.

De acordo com informações divulgadas na imprensa, Marcelo teria aplicado um trote telefônico à PM informando que estava ocorrendo um crime na zona rural do município. A polícia foi ao local e constatou que se tratava de um trote. A PM indentificou o número que havia ligado e em seguida conseguiu localizar Marcelo em uma distribuidora. Diante disso, o policiais deram voz de prisão ao filho do vereador e o algemaram.

No momento em que Marcelo estava sendo detido, o pai dele, Rozeno, chegou ao local e pediu para a polícia não prender seu filho. Os dois foram detidos e encaminhados à delegacia. Durante a abordagem policial, Rozeno chegou a levar um choque da PM, passou mal e precisou receber atendimento médico.

A reporagem da Folha do Acre conversou com Rozeno que afirmou que não houve desacato aos policiais e que durante a confusão ele chegou sim a levar um choque. O parlamentar alega que houve abuso de poder por parte dos militares.

“Não houve nada disso de desacato como estão falando. Eu estava em casa e me ligaram dizendo que meu filho estava sendo preso. Fui até lá e apenas pedi para não prenderem meu filho. O que houve foi abuso de poder. Eu não havia bebido, apenas meu filho tinha consumido bebida”, disse o vereador.

Rozeno passou mal e precisou ser levado ao hospital da cidade

Rozeno nega informações divulgadas na impresa de que estaria no local bebendo com o filho no momento da abordagem policial. Ele diz ainda que foi liberado ontem mesmo da delegacia após prestar esclarecimentos sobre o caso.

“Essa matéria que saiu dizendo que eu estava bebendo é mentirosa. Eu estava em casa e fui ao local porque meu filho estava lá. Devido à política as pessoas tentam denegrir a nossa imagem. Não houve nada disso, inclusive eu tenho grande respeito pela PM, mas oq houve foi abuso de poder. Eu não estava bebendo, quem tinha tomado era meu filho e não eu. Eu fui liberado ontem mesmo”, disse Rozeno.

Marcelo Silva gravou um áudio que foi divulgado em grupos de WhatsApp onde afirma que não aplicou trote na PM.

“Houve essa situação constrangedora e não tenho orgulho disso. Nem quando eu era moleque eu apliquei trote na PM quem diria agora. O que aconteceu ontem foi que uma pessoa pediu para eu ligar para a PM, pois no local que ele estava só tinha acesso à internet e não a telefone. A situação tomou outro rumo onde a polícia chegou e me perguntou se eu tinha lidado para PM e eu confirmei. O policial já me deu voz de prisão. Ao me ver sendo preso, meu pai ficou desesperado diante da falta de preparo da abordagem. Eu não agredi nenhum policial e nem aplique trote”, disse Marcelo.