O Rio Acre registrou uma leve alta nesta segunda-feira (16), com o nível subindo para 1,32 metro, de acordo com o boletim diário da Defesa Civil Municipal. Apesar do aumento em relação à última sexta-feira (13), quando o manancial atingiu a marca de 1,27 metro – a menor do ano –, o cenário de crise hídrica no estado permanece grave.
A marca de sexta-feira deixou o rio a apenas 2 centímetros de seu menor nível histórico, registrado em 2 de outubro de 2022, quando o nível chegou a 1,25 metro. O aumento registrado nesta segunda, embora significativo, não altera o contexto da severa seca que o Acre enfrenta. O estado, com uma extensão territorial de mais de 152 mil km², continua 100% afetado pela estiagem, que já se arrasta por três meses consecutivos.
Em Rio Branco, a capital acreana, as chuvas continuam escassas. Até o momento, setembro teve apenas uma precipitação significativa, ocorrida no início do mês, que acumulou 10,05 milímetros. Em agosto, a situação foi ainda mais crítica: apenas uma chuva foi registrada, no dia 9, com um acumulado de 1,06 milímetro. Já o mês de julho terminou completamente seco, sem qualquer registro de precipitação em seus 31 dias, segundo a Defesa Civil.
O cenário de seca prolongada tem causado preocupação entre autoridades e especialistas. A baixa no nível do Rio Acre impacta diretamente o abastecimento de água e a produção agrícola da região, além de elevar o risco de incêndios florestais, como os que já atingiram diversas áreas do estado, incluindo terras indígenas e parques nacionais.
A Defesa Civil continua monitorando a situação e as previsões meteorológicas para os próximos dias, mas até o momento, não há indicativo de chuvas significativas que possam reverter a crise hídrica que assola o Acre.