Marcus usa vídeo de agressão a garis e Bocalom se defende: ‘Acabei com a máfia que tinha ali’

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O episódio de violência contra garis em 2021 voltou a ser tema de debate na campanha eleitoral de Tião Bocalom, atual prefeito de Rio Branco e candidato à reeleição. Na ocasião, trabalhadores da limpeza pública protestavam por salários atrasados em frente à Secretaria Municipal de Zeladoria quando a intervenção do Batalhão de Operações Especiais (BOPE) resultou em confrontos que envolveram agressões físicas com cassetetes e spray de pimenta.

Durante a campanha, o candidato Marcus utilizou imagens de arquivo do incidente em um comercial de 30 segundos, que incluía um depoimento de uma mulher, conhecida como “margarida”, que participou da manifestação. Ela criticou Bocalom, afirmando que a violência sofrida durante o protesto não foi esquecida e questionou sua atual postura como candidato.

Na terça-feira, 24 de setembro, enquanto gravava um vídeo de campanha em Rio Branco, Bocalom foi questionado pela imprensa sobre a repercussão do episódio. O prefeito se defendeu, afirmando que tomou medidas para combater irregularidades no setor de limpeza pública, mencionando que a ação policial foi uma resposta a obstruções causadas por trabalhadores que, segundo ele, estavam sendo manipulados por uma empresa.

“Acontece o seguinte, que eu acabei com a máfia que tinha ali. E aquelas pessoas que estão dizendo isso, são as pessoas que foram usadas pela empresa na época que tinha nota de quase 500 mil reais e que a nota não valia 200 mil e eu não deixei pagar. E aí um empresário botou o pessoal para fechar o portão e aí o que aconteceu? Os outros queriam trabalhar, tinha uma que são de outras empresas e não estavam podendo sair. Evidentemente que a polícia foi lá para poder desobstruir e desobstruiu. Agora quero dizer uma coisa, se tivesse que mandar bater em alguém, tinha que mandar bater nos bandidos que roubam dinheiro público. Se pudesse fazer, eu sei que não pode, mas se tivesse que mandar bater, eu jamais mandaria agredir uma pessoa trabalhadora, porque eu até os 15 anos de idade fui um homem que trabalhava de sol para sol no duro, eu não sei o que é isso, então jamais mandaria agredir trabalhador, por mais errado que ele estivesse. Agora, o bandido que rouba o dinheiro público, esse eu acho que mereceria, sem dúvida nenhuma, o que estão dizendo que nós fizemos com aquela margarida, jamais! É mentira dela, entendeu? Mesmo porque a gente está provando agora na justiça esse tipo de coisa ”, disse Bocalom, enfatizando que não enviaria a polícia para agredir trabalhadores e ressaltando sua experiência de vida como trabalhador.

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