Fumaça das queimadas encobre Cruzeiro do Sul e preocupa moradores e autoridades

A cidade de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, enfrenta mais uma vez os efeitos das queimadas descontroladas na região. Uma espessa camada de fumaça encobre o município, trazendo impactos significativos para a saúde da população e o meio ambiente. O fenômeno, que ocorre anualmente durante o período seco, tem se intensificado devido ao aumento das áreas desmatadas e queimadas na Amazônia.

Nos últimos dias, a visibilidade nas ruas da cidade foi drasticamente reduzida, e muitos moradores têm relatado problemas respiratórios, como tosse, falta de ar e irritação nos olhos. As unidades de saúde já registram um aumento no número de atendimentos relacionados a doenças respiratórias, especialmente entre crianças e idosos, os grupos mais vulneráveis.

Cruzeiro do Sul amanheceu tomada por fumaça/Foto: Diego Silva

Segundo a Secretaria de Meio Ambiente de Cruzeiro do Sul, a fumaça é proveniente de queimadas que ocorrem tanto no município quanto em áreas próximas, o que torna o controle mais difícil. Embora o governo local tenha intensificado as campanhas de conscientização e o combate aos incêndios florestais, as condições climáticas, como a falta de chuvas, agravam a situação.

Além dos impactos diretos na saúde da população, há também preocupação com os danos ambientais. O bioma amazônico, uma das regiões mais ricas em biodiversidade do mundo, sofre com a destruição de sua flora e fauna. O desmatamento ilegal e o uso inadequado do fogo na limpeza de terrenos são as principais causas das queimadas.

Moradores, ambientalistas e autoridades têm feito apelos por uma ação mais efetiva dos órgãos estaduais e federais para conter o avanço das queimadas. A previsão é de que o cenário se mantenha nos próximos dias, caso não haja uma mudança significativa nas condições climáticas.

Com o avanço da fumaça sobre Cruzeiro do Sul, o alerta segue para que a população adote medidas preventivas, como o uso de máscaras e a permanência em ambientes fechados, principalmente nos horários de maior concentração de poluentes no ar. A expectativa é que, com a chegada das chuvas, prevista para o final do mês, a situação possa melhorar gradativamente.