Desembargador autoriza investigação criminal contra promotor de justiça no Acre

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O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) obteve autorização judicial para investigar o Promotor de Justiça Tales Fonseca Tranin, após indícios de que ele teria favorecido criminosos durante sua atuação profissional. A decisão foi proferida pelo desembargador Samoel Evangelista e publicada no Diário da Justiça.

Tales Tranin, conhecido por seu trabalho na Promotoria Criminal de Execução Penal e na Fiscalização de Presídios, é alvo de uma investigação que apura a possível prática de prevaricação e envolvimento com uma organização criminosa. A autorização do desembargador Evangelista foi necessária, pois, como membro do MPAC, o promotor possui prerrogativa de foro, exigindo a anuência do Tribunal de Justiça para a instauração do processo investigativo.

A origem da investigação remonta a uma operação conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MPAC. Durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão na residência de Jackson Brasil da Silva, suspeito de integrar uma organização criminosa, as autoridades encontraram um aparelho celular que continha conversas entre Jackson e o promotor Tranin. Essas interações foram identificadas tanto no aplicativo WhatsApp quanto na rede social Instagram.

Com base nas informações extraídas do dispositivo, o Ministério Público solicitou à Justiça a autorização para aprofundar as investigações. Embora os indícios tenham levantado suspeitas sobre a conduta do promotor, Tales Tranin ainda não foi formalmente acusado de nenhum crime.

A decisão de Evangelista reforça a importância de uma apuração mais detalhada para verificar se as acusações contra Tranin, em especial os crimes de prevaricação e associação com organização criminosa, procedem. As investigações estão em fase inicial e o desfecho depende da análise dos elementos colhidos durante o processo.

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