Cerca de 400 animais silvestres ficaram feridos ou morreram carbonizados devido as queimadas no Acre

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As queimadas no Acre têm causado sérios impactos diariamente, afetando não apenas a floresta e a saúde das pessoas com a fumaça e problemas respiratórios, mas também os animais que sofrem com o fogo. De janeiro a setembro, mais de 400 animais de diversas espécies foram encontrados carbonizados, feridos ou em fuga devido aos incêndios florestais.

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), foram atendidas 4.787 ocorrências de queimadas no mesmo período, comparadas a 3.117 no ano passado. Além disso, mais de 5 mil focos de calor foram registrados em 2023.

A Operação Fogo Controlado, que conta com 115 militares distribuídos em 16 bases operacionais, atua diretamente para combater os incêndios e resgatar a fauna afetada. O capitão Freitas Filho, coordenador da operação, relatou: “Nesses cenários onde os incêndios estão acontecendo, a fauna amazônica é diretamente afetada. É comum, por exemplo, serpentes e roedores se refugiarem em ambientes urbanos por conta dos incêndios.”

Os animais resgatados são levados para um local seguro e, se necessário, encaminhados ao Cetas (Centro de Triagem de Animais Silvestres) do Ibama. “O trabalho do Corpo de Bombeiros é resgatar esses animais e levar para um local seguro. Se estiverem feridos ou não houver um local adequado, eles são levados para o Cetas, que faz a triagem e o tratamento desses animais, e depois os realoca conforme estudo técnico”, explicou o capitão.

Em alguns casos, os animais procuram abrigo até em residências próximas a regiões de floresta. Por isso, o CBMAC orienta os moradores a não maltratarem os animais e a ligarem para o 193 para que o resgate seja feito adequadamente. “É comum nessa época, especialmente serpentes e roedores, porque eles já estão em situação de desespero, afetados em seu habitat pelos incêndios. Naturalmente, eles buscam a cidade como local seguro e acabam invadindo as residências”, acrescentou o capitão.

O Corpo de Bombeiros, o Instituto do Meio Ambiente do Acre (Imac) e o Ibama trabalham na captura e proteção desses animais.

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