O candidato à reeleição para a Prefeitura de Rio Branco, Tião Bocalom (PL-AC) foi o entrevistado desta quinta-feira (26) pelo Jornal do Acre — Edição de Meio Dia, apresentado pela jornalista Késia Melo. Durante a entrevista, Bocalom falou sobre diversos temas, que foram desde água e esgoto, eventos climáticos, transporte público e as propostas para os próximos quatro anos de mandato.
O candidato relembrou episódios marcantes da gestão, quando assumiu o sistema de água e esgoto, quando as empresas de transporte público abandonaram a capital e dos cuidados da gestão municipal para cuidar das pessoas em eventos atípicos causados pelas mudanças climáticas.
Acompanhe os principais tópicos:
Eventos climáticos
Bocalom foi questionado sobre os atuais eventos climáticos e quais ações foram tomadas pelo poder público. Ele destaca a limpeza dos mananciais, ações de meio ambientes que impactaram na redução dos focos de incêndio, além de apoio aos produtores para que não desmatem.
“Fizemos, no ano passado, uma limpeza grande no São Francisco, que impediu que ele transbordasse. Refizemos esse ano e agora estamos, em parceria com o governo, limpando nosso querido rio Acre. E lá, foi feito contenção, bombas funcionando e servindo nossa população. Ajudamos na questão das queimadas: o lixão na capital queimava todos os anos. Não deixamos mais queimar! Outra ação imediata foi a limpeza da cidade, ampliando de 10 para 33 equipes de limpeza”.
O candidato destacou a redução de 3500 focos para menos de 700 no último ano. “A prefeitura fez a sua parte”, comemorou o candidato. Na área de Meio Ambiente e Agricultura, Bocalom destaca cerca de 1500 hectares de mecanização. “Isso significa que esses produtores não precisaram colocar mais fogo nas ruas terras. Fornecemos calcário, adubo e isso também diminuiu. Reconheço que temos muitas queimadas hoje, mas os números mostram que são, também, queimadas vindas de fora, além dos incêndios criminosos. Nós cuidamos do meio ambiente e das pessoas de forma concreta, não no discurso”.
Por fim, Bocalom fala dos atendimentos em Saúde: “Nossos postos estão atendendo nossa população em horário especial, nossas escolas ficaram atentas aos cuidados e fizemos tudo que poderia ser feito para cuidar e proteger nossa gente”.
Transporte coletivo, empresas que abandonaram o Acre e ônibus elétrico
O candidato foi questionado sobre as empresas que abandonaram o transporte público. Ele explicou como encarou esse desafio. “Quando assumi, estava um caos. As empresas que atuavam aqui abandonaram, todas alegando prejuízo. E fizemos o contrato emergencial que está vigente hoje. Sei que precisamos melhorar, mas veja quantas melhorias! Temos, hoje, mais de 100 ônibus que contam com veículos climatizados, atendendo toda a cidade e o mais importante: temos a segunda menor tarifa do país. No nosso mandato, a tarifa diminuiu e não subiu, mesmo com o aumento do preço dos combustíveis”.
Com relação à licitação, Bocalom explicou como está o andamento. “Está andando, as empresas brigam entre si. A empresa que está aqui hoje nos atende dentro das possibilidades, sem qualquer segurança que vão continuar. Isso impossibilita que eles façam maiores investimentos, mas a prefeitura está cumprindo seu papel, melhorando o transporte, diminuindo a passagem e com compromisso de melhorar ainda mais”.
Sobre os ônibus elétricos, o veículo que esteve em fase de testes, Bocalom comemorou os avanços como forma de se preocupar com o meio ambiente e das pessoas. “Nós tivemos um ônibus elétrico em fase de testes, foram mais de 90 dias. O governo federal, dentro do PAC, nos habilitou para financiar ônibus que chegam no ano que vem. Vamos licitar cerca de 20 ônibus elétricos que irão rodar a nossa cidade, reduzindo poluentes e ajudando a cuidar do nosso querido meio ambiente”.
Destacando a manutenção de mais de 300 abrigos e o compromisso de construção de 100% dos abrigos com novo material, Bocalom explica que “a caixa preta foi aberta”. “Quando eu falo que abri a caixa preta, é disso que me refiro: as pessoas não sabiam o que estava por trás do transporte público, como essas empresas funcionavam e o mais grave: que o aumento dos preços eram repassados ao mais pobrezinho. A prefeitura, na nossa gestão, não permitiu isso! Nós assumimos a conta. É por isso que existe o subsídio, que aliás é um modelo praticado em todo o país”.
Água e esgoto
Dentro desse tema, Késia questionou sobre o desafio de dois compromissos: o programa Água 24h e ampliação da rede de esgoto para cobertura de 40% da capital. Bocalom explicou que esse processo começou assim que impediu o processo de privatização desse sistema.
“Eu não deixei privatizar a água! Se deixássemos privatizar, o valor já estaria, de acordo com cálculos do nosso time, cerca de 80 reais. Mantivemos a taxa mínima, olhando para o mais pobre. Compramos, agora, oito bombas completas e dois motores novos. Temos orçamento próprio para cuidar disso e nosso compromisso é ampliar cada vez mais. Temos dinheiro no caixa e muita vontade de cuidar de gente”.
Obras, emprego e renda
Bocalom finalizou o momento falando das obras e realizações da gestão municipal, comemorando o fato de que muitas delas foram possíveis graças à boa gestão dos recursos próprios.
“São grandes obras, e em grande quantidade, que vão nos dar a oportunidade de ser uma cidade bonita, feliz e próspera. Quero ter a oportunidade de comer o arroz daqui, o feijão daqui. Dei abono para os professores, bonificação para os servidores, tablet para os alunos, colocamos remédios em todos os postos sem faltar e quero mais uma oportunidade para continuar fazendo de uma Rio Branco uma cidade mais moderna”.