“A tendência é que essa situação se agrave”, diz pesquisador sobre poluição e seca no Acre

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O ecólogo e cientista ambiental Foster Brown, da Universidade Federal do Acre (Ufac), fez um alerta preocupante sobre a crise ambiental que afeta o estado, destacando que a tendência é de piora nos próximos meses. Em reunião realizada nesta terça-feira, 10, na Casa Civil, com representantes de secretarias estaduais e órgãos integrantes do Gabinete de Crise de Seca e Estiagem 2024, Brown reforçou a necessidade de uma integração mais eficiente entre instituições para lidar com os graves impactos da seca e da poluição do ar.

“A tendência é que essa situação se agrave. Temos trabalhado com a Defesa Civil Estadual, ajudando e repassando informações e os dados que coletamos com os sensores de qualidade do ar instalados em todo o estado, com a colaboração do Ministério Público, para termos uma resposta mais ativa. Agora, precisamos unir esforços da academia e dos órgãos públicos para antecipar problemas e aumentar a resiliência da sociedade”, afirmou o pesquisador.

A fala de Brown reflete a gravidade da crise, que já afeta 100% do território acreano. A seca prolongada, associada ao aumento das queimadas, resultou em uma concentração de poluentes no ar que ultrapassa em oito vezes o limite considerado seguro pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Dados recentes mostram que a concentração de partículas finas (PM2.5) no ar do Acre atingiu 111,91 µg/m³, enquanto o recomendado pela OMS é de apenas 15 µg/m³.

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