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“A Sociedade também tem de se responsabilizar por queimadas”, diz Marina em entrevista

Por Por Kauã Lucca, da Folha do Acre

Para a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, o que o governo Lula pode fazer já está sendo feito; o Brasil registrou 2.909 focos de incêndio nesta quarta-feira

 

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira, 11, que as ações do governo federal só são efetivas se a sociedade também assumir sua parte na responsabilidade pelas queimadas que afetam várias regiões do Brasil desde agosto. “Tudo que precisava ser feito, a gente está fazendo. Agora é preciso que a gente entre em uma lógica de a sociedade também se responsabilizar. Não tem como você dizer: ‘As pessoas estão livres para tocar fogo e aí o governo federal que apague, o governo estadual que apague, os proprietários que apaguem’”, disse em entrevista ao UOL.

De acordo com o sistema BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), o Brasil registrou 2.909 focos de incêndio até a manhã desta quarta-feira, 11. A Amazônia é a região com o maior número de ocorrências, totalizando 1.246 focos, o que representa 42,8% do total.

O estado de Mato Grosso lidera com 742 focos de queimadas em 24 horas, seguido pelo Amazonas (338) e Acre (292). Todos os seis biomas do Brasil apresentaram incêndios, com o Cerrado registrando o segundo maior número de focos, totalizando 1.035 (35,5% do total).

Para Marina, a atuação do governo federal foi crucial para evitar uma situação de “completa falta de controle”. “Estamos fazendo aquilo que precisa ser feito, com uma política estruturante que nos permitiu estar prontos para combater os incêndios, mesmo com a antecipação do período seco no Pantanal. Se não fosse a ação do governo federal, estaríamos em uma situação de completa falta de controle”, destacou.

A ministra também mencionou que parte do setor agropecuário está consciente e disposto a colaborar com o governo para enfrentar as mudanças climáticas. “Estamos enfrentando uma combinação de fatores extremos: umidade mais baixa do que a do deserto do Saara, variando entre 14% e 7%, ventos de 70 km/h e temperaturas de 38°C. Isso é algo que não há força humana capaz de controlar sozinha”, disse Marina Silva.

 

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