Rios Acre e Iaco atingem níveis críticos em seca histórica, apontam medições

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A crise hídrica no Acre atingiu níveis alarmantes com a drástica redução no volume do Rio Acre, que na manhã desta quinta-feira, 22, registrou uma profundidade de apenas 1,36 metros em Rio Branco. Este valor coloca o rio a um passo de bater o recorde negativo de 1,25 metros, a menor cota já registrada, que ocorreu em outubro de 2022.

Com a temporada seca ainda longe de terminar, especialistas preveem que o recorde pode ser quebrado em setembro, agravando ainda mais a situação na capital acreana. A falta de chuvas significativas e o avanço do verão amazônico intensificam os desafios enfrentados pelo governo e pela população local.

O governo do estado e a prefeitura de Rio Branco já decretaram Situação de Emergência, mobilizando esforços para lidar com as consequências da estiagem extrema. A crise afeta diretamente o abastecimento de água, especialmente em áreas rurais, e dificulta a navegação nos rios, prejudicando o transporte de mercadorias e o deslocamento das comunidades ribeirinhas.

No município de Sena Madureira, a situação é igualmente crítica. O Rio Iaco, que já enfrentou uma cheia histórica no início do ano, com o nível das águas ultrapassando 15,20 metros, agora vê o oposto: uma vazante severa que reduziu o nível do rio para apenas 44 centímetros. Esta é a maior seca registrada na região em quase duas décadas.

A Defesa Civil realiza medições diárias dos níveis dos rios e compartilha os dados com a Defesa Civil Estadual e a Agência Nacional de Águas (ANA), em um esforço para monitorar e mitigar os impactos da crise.

Os moradores das comunidades ao longo do Rio Iaco estão sentindo os efeitos da seca diretamente. Com os rios praticamente intransitáveis, muitos têm abandonado os barcos e optado pelos ramais para acessar a zona urbana, em uma tentativa de continuar suas atividades diárias.

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