Rio Acre atinge 2º menor nível histórico e fica a 5 cm da pior seca em Rio Branco

O Rio Acre atingiu 1,30 metro em Rio Branco nesta sexta-feira, 30, após baixar 12 centímetros em apenas cinco dias. Este é o segundo menor nível registrado da marca histórica do manancial, atingido apenas em outras duas ocasiões nos últimos 50 anos.

A primeira vez que o nível do Rio Acre caiu para 1,30 metro foi em 17 de setembro de 2016, quando a seca foi considerada a pior da história da capital acreana. Naquele ano, o Departamento de Pavimentação e Saneamento do Acre (Depasa) precisou gastar mais de R$ 2 milhões em equipamentos e insumos para manter o abastecimento de água na cidade. Depois de alcançar essa marca, o rio levou nove dias para voltar a subir acima dos dois metros.

Seis anos depois, em 10 de setembro de 2022, o Rio Acre voltou a registrar o nível de 1,30 metro, mas continuou a baixar, atingindo 1,25 metro no dia 2 de outubro. Na época, a Defesa Civil alertava para a possibilidade de o rio ficar abaixo de 1 metro, mas a chegada das chuvas afastou esse cenário.

“Já há um plano de contingência para o caso do rio ficar abaixo de 1,25 metro”, explica o coordenador da Defesa Civil do Acre, coronel Carlos Batista.

Atualmente, com a seca começando antes do previsto, em maio, e ainda distante do início do período chuvoso, previsto para outubro, a Defesa Civil acredita que o rio pode ultrapassar a marca histórica de 2022. A seca já afeta direta e indiretamente mais de 387 mil pessoas na capital, sendo as comunidades rurais as mais impactadas. Desde junho, a Defesa Civil Municipal tem enviado caminhões-pipa para atender os moradores dessas áreas mais afetadas pela escassez de água.

“Todos nós somos afetados pela seca extrema e suas várias consequências. Há impacto na produção, na agricultura, na pecuária, no abastecimento de água potável, incêndios florestais que emanam gases que afetam a saúde de todos nós”, destacou Batista.