Médico denuncia discriminação contra filho autista em academia de jiu-jitsu em Rio Branco

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O médico Pedro Mariano utilizou as redes sociais na tarde desta quarta-feira (7) para denunciar um caso de discriminação sofrido por seu filho autista, Pierre, de nove anos. Em um vídeo de aproximadamente quatro minutos, Mariano descreve com detalhes o que ocorreu durante uma aula de jiu-jitsu em uma academia na qual ele e o filho eram frequentadores assíduos, em Rio Branco.

Pedro Mariano começou o vídeo explicando que nunca havia usado as redes sociais para expor questões pessoais, mas que o episódio em questão o deixou sem escolha. Ele relata que Pierre, diagnosticado com autismo após superar a síndrome de West, uma forma rara de epilepsia, foi impedido de participar de uma aula de jiu-jitsu pelo dono da academia, identificado como José Roberto.

Segundo Mariano, Pierre estava animado para a aula, mas ao chegar ao local e começar a correr pelo tatame – algo que faz parte de seu processo de concentração – foi repreendido por José Roberto. O dono da academia teria afirmado que Pierre estava assustando as outras crianças e que, por isso, deveria deixar o local.

No vídeo, Pedro Mariano compartilha sua tristeza e indignação ao ver o filho, que, segundo ele, tem mostrado grande progresso em suas terapias, ser tratado de forma discriminatória. Ele destaca que sempre apoiou a academia, ajudando na divulgação e acreditando no compromisso dos profissionais, mas se sentiu traído ao presenciar tal atitude. “Meu filho saiu chorando de lá, está no carro até agora e não quer sair. Isso acabou com o meu dia,” lamenta Mariano no vídeo.

Mariano afirma que pretende buscar os direitos de seu filho, destacando a importância do princípio da equidade, que preconiza o tratamento especial para aqueles em situações desiguais, como é o caso de crianças com autismo. Ele conclui o vídeo afirmando que continuará lutando não só por Pierre, mas por todas as crianças autistas que enfrentam preconceito em seu cotidiano.

O vídeo rapidamente viralizou, gerando uma onda de apoio a Pedro Mariano e a Pierre. Diversos internautas, inclusive outros pais de crianças autistas, expressaram solidariedade e compartilharam suas próprias experiências com o preconceito. A academia, até o fechamento desta edição, não havia se pronunciado sobre o caso.

O Jornal Folha do Acre mantém espaço reservado para o proprietário da academia se pronunciar sobre o caso.

 

 

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