Greve dos professores fecha escolas e compromete início do segundo semestre letivo

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A greve dos professores e servidores da educação estadual do Acre entra em seu sexto dia nesta segunda-feira (12), com a paralisação se expandindo e afetando o início do segundo semestre letivo em várias cidades do estado. Desde a última quarta-feira (7), quando o movimento foi deflagrado, escolas estão sendo fechadas gradualmente, com a adesão à greve aumentando em diversos municípios.

Entre as principais reivindicações da categoria estão a correção salarial, o retorno dos 10% de referência salarial retirados desde 2021 e a redução do prazo para o parcelamento da devolução salarial. Os grevistas argumentam que o governo estadual tem condições financeiras de atender às demandas, apesar da resistência do Executivo.

Em nota, o governo do Acre afirma que desde fevereiro mantém diálogo com os três sindicatos representativos da Educação, apresentando dados sobre as despesas do estado, a lei orçamentária anual e os recursos disponíveis. O governo alega que está impedido de conceder qualquer reajuste neste momento devido às limitações impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre (Sinteac), Rosana Nascimento, contestou a justificativa do governo, afirmando que há recursos suficientes para atender às demandas da categoria. Ela destacou que, em algumas cidades, como Mâncio Lima, a adesão à greve chega a 100%.

“Nós continuamos de greve. Todos os municípios estão grevando. Tem município com 100% das escolas fechadas, outros 80%, 70%. Em Rio Branco nós já passamos de 30%, e estamos aguardando o governador e o secretário para sentar e negociar. Começamos dia 7 de agosto e, de lá para cá, tivemos um crescimento na adesão ao movimento”, disse Rosana.

Em Cruzeiro do Sul, onde as aulas estavam previstas para reiniciar no próximo dia 20, o movimento grevista também deve atrasar o retorno das atividades escolares, sinalizando um impacto crescente da paralisação em todo o estado.

A greve, que afeta diretamente o calendário escolar e o andamento do ano letivo, segue sem previsão de término. O impasse entre o governo do Acre e os servidores da educação permanece, enquanto a expectativa por uma solução negociada aumenta.

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