Exportações do Acre superam os R$ 307 milhões e devem atingir mais de R$ 1 bilhão em 4 anos

As exportações do Acre nos 7 primeiros meses de 2024 alcançaram US$ 55,9 milhões, superando em mais de US$ 10 milhões o valor de tudo o que foi exportado em 2023 (US$ 45,8 milhões). No gráfico a seguir destacam-se os valores exportados nos sete primeiros meses dos anos de 2023 e 2024. Para esse período, em 2023, o Acre exportou US$ 31,8 milhões e, em 2024, o valor alcançou US$ 55,9 milhões, portanto, 76% a mais que o valor do mesmo período do ano passado. Considerando a cotação do dólar em R$ 5,50, o valor exportado no ano, já alcança, aproximadamente 307 milhões de reais.

O valor das exportações da carne bovina já supera o da carne suína e assume o segundo maior valor dos produtos exportados

Em julho de 2024, o valor das exportações acreanas foi superior a US$ 7,32 milhões, superando em mais de 80% o valor de julho de 2023 (US$ 4,1 milhões). Os grupos de produtos em destaque no mês foram: a carne bovina 45,5% (US$ 3,33 milhões), a carne suína 21,1% (US$ 1,5 milhão), a castanha 16,4% (US$ 1,2 milhão), a madeira 9,2% (US$ 671 mil). Com o final do processo de comercialização do ano, a soja representou somente 2,9% (US$ 214 milhões).

Na tabela abaixo compara-se os valores exportado nos sete primeiros meses de 2023 com os realizados em 2024. O produto de maior valor continua a soja, com US$ 21,8 milhões, crescendo no período, 17% em relação ao ano passado. O grande destaque foi o crescimento do grupo da proteína animal(carne). A suína que cresceu 448,5% e a bovina com crescimento de 410% na comparação dos dois períodos.

Quanto a participação dos grupos de produtos em 2024, a liderança continua com a soja com 39%. Na sequência vêm a carne bovina com 20,3%, a carne suína, 18,2%, a castanha, 12% e a madeira 6,5%. Destaque para a pecuária bovina e suína que, juntas, já representam quase a mesma proporção do valor da soja nas exportações (38,5%). Como a safra da soja já está no final, certamente o grupo da proteína animal irá superar o grupo da proteína vegetal (soja).

Com 26,5% do mercado o Peru continua sendo o maior comprador dos produtos acreanos

Na tabela a seguir destacam-se os 10 maiores destinos das exportações acreanas nos primeiros sete meses de 2024, com a descrição dos principais produtos exportados.

Comprando 68% da nossa carne suína e 28% da nossa castanha, o Peru é o maior importador os produtos acreanos, totalizando US$ 14,8 milhões, representando 26,5% de tudo o que exportamos nos 7 primeiros meses de 2024. Os principais mercados da soja acreana foram: Espanha, China, Itália, Alemanha, Argélia e Irã.

As importações do Acre recuaram 22,7% nos primeiro 7 meses do ano

O valor das importações de julho de 2024 foi de US$ 262 mil, 73,5% abaixo do valor importado no mesmo mês de 2023, US$ 990 mil. Nos 7 primeiros meses de 2024 o valor importado somou US$ 2,9 milhões, 22,7% abaixo do valor correspondente ao mesmo período de 2023, US$ 3,8 milhões.

Como resultado da soma das exportações, diminuídas pela soma das importações, obtém-se o saldo da balança comercial, que alcançou US$ 53 milhões nos primeiro sete meses de 2024. Esse valor correspondente a aproximadamente 291,5 milhões de reais, 89,4% a mais que o saldo do mesmo período do ano passado (US$ 28 milhões).

Tendências indicam que a previsão do Acre alcançar 1 bilhão de reais de exportações nos próximos 4 anos, feita por Jorge Viana (Apex), deve se confirmar.

Lemos na matéria no ac24horas em matéria assinada pelo jornalista Marcos Venicios do dia 14/07/2024, que Jorge Viana, presidente da APEX Brasil, previu que nos próximos 4 anos o Acre deverá atingir marca de 1 bi de reais em exportações.

Na tabela a seguir, com base nas informações expostas no presente artigo e nas tendências de mercado, estimamos os valores exportados pelo Acre (em reais), de 2024 até 2028. A metodologia da estimativa consta nas observações (1), (2) e (3), contantes nas linhas finais da tabela.

São projeções baseadas no cenário atual. Sabemos que o desempenho do mercado externo além de muito influenciado por problemas ligados ao processo de produção interno. Além do mais, existem problemas relacionados às incertezas econômicas, principalmente aquelas que ocorrem nos países desenvolvidos.

Concluímos que mantendo as perspectivas do mercado e as políticas de apoio às exportações que estão em curso, é possível atingir, até com certa tranquilidade, os valores estimados por Jorge Viana.