A Justiça do Acre concedeu pedido de liberdade à mais um suspeito de mandar matar o ex-prefeito do município de Plácido de Castro, Gedeon Barros, em 2021, na entrada de Rio Branco. O ex-secretário de Esportes do município, Liomar Jesus Mariano, mais conhecido como Mazinho Mariano, deixou a prisão oito meses depois de ter sido preso.
As investigações revelaram que Gedeon tinha uma dívida de R$ 130 mil com Mazinho Mariano. A defesa argumenta que Mazinho é inocente.
No início de agosto, a Justiça negou um pedido de liberdade em caráter liminar. Porém, nesta terça-feira, 27, a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) julgou um habeas corpus e, por dois votos a um, os desembargadores aceitaram o pedido de liberdade apresentado pelo advogado Wellington Silva.
A defesa argumentou que a prisão do acusado foi arbitrária e que houve excesso de prazo para a realização da audiência de instrução e julgamento. “Portanto, a prisão preventiva tornou-se ilegal e arbitrária, e o tribunal reconheceu que era caso de conceder o habeas corpus”, afirmou o advogado.
Carmelio da Silva Bezerra e Mazinho foram presos em 20 de dezembro do ano passado durante uma operação da Polícia Civil em três cidades. Um terceiro acusado pela morte já se encontrava preso por outro crime, e a polícia cumpriu um novo mandado judicial contra ele.
Em fevereiro, um acreano de 38 anos, suspeito de envolvimento no assassinato do ex-prefeito, foi preso em Caucaia, na Região Metropolitana de Fortaleza.
A prisão do suspeito ocorreu durante a Operação Crime Cracker, que cumpriu dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Rio Branco, além de um mandado de prisão preventiva emitido pela Justiça do Acre.
Em março, a Câmara Criminal de Rio Branco voltou a negar um pedido de liberdade para Carmélio Bezerra. No entanto, no início de agosto, o idoso foi liberado e autorizado a se mudar para Plácido de Castro.