Estudantes da Ufac denunciam reitoria ao MPF após suposta agressão de segurança durante ocupação

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp

Em um novo capítulo das tensões no campus da Universidade Federal do Acre (UFAC), estudantes do curso de Licenciatura em História levaram ao Ministério Público Federal (MPF) uma denúncia formal após um incidente ocorrido no último sábado, 17 de agosto. De acordo com os alunos, um segurança da universidade agrediu o estudante Cristian Souza durante uma discussão acalorada no Centro Acadêmico de Licenciatura em História (CALICEH), que está ocupado por movimentos estudantis há cerca de quatro meses.

O episódio foi registrado em vídeo e transmitido ao vivo nas redes sociais. Nas imagens, que rapidamente se espalharam pela internet, os estudantes aparecem discutindo com os vigilantes da UFAC sobre o acesso a uma sala que, segundo eles, havia sido depredada no dia anterior. O vídeo mostra um diálogo inicial tranquilo com um dos seguranças, mas a situação escalou quando outro profissional interveio de forma exaltada, ordenando que os alunos deixassem o local. Em um momento que não foi capturado claramente pela câmera, mas que gerou grande controvérsia, Souza aparece cambaleando, o que os estudantes alegam ser resultado de uma agressão.

No domingo, 18 de agosto, o estudante Cristian Souza utilizou a página do movimento de ocupação nas redes sociais para anunciar que tomaria medidas legais contra o segurança envolvido e contra a própria universidade, acusando-a de omissão de socorro e de tentar encobrir a gravidade do incidente.

A administração da UFAC, por sua vez, negou categoricamente as acusações em nota oficial divulgada no dia da confusão. Segundo a instituição, a intervenção dos seguranças foi necessária para conter o que classificaram como “invasão de prédio público” e “depredação de patrimônio”. A universidade também afirmou que o chefe da segurança foi desacatado pelos estudantes e que todas as medidas legais serão adotadas contra os responsáveis pelos danos.

A denúncia ao MPF, formalizada no dia 21 de agosto, inclui acusações contra a gestão superior da UFAC por suposta falta de transparência e honestidade na condução das demandas dos estudantes de História. Segundo o Centro Acadêmico, todas as ações que consideram criminosas e truculentas foram devidamente documentadas para possíveis processos judiciais futuros.

O caso gerou ampla repercussão e reacendeu o debate sobre a relação entre a administração universitária e os movimentos estudantis, especialmente no contexto de ocupações e reivindicações por direitos acadêmicos. A investigação do MPF pode determinar os próximos passos na disputa entre estudantes e a administração da UFAC.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp