O desmatamento na Amazônia brasileira aumentou em julho, quebrando uma sequência de 15 meses de queda na destruição da floresta durante o governo do presidente Luiz Inácio da Silva, segundo dados preliminares, em meio a uma greve de servidores da área ambiental.
Cerca de 572 quilômetros quadrados de floresta foram desmatados nos primeiros 26 dias de julho, 14% a mais do que os 500 quilômetros quadrados registrados em julho do ano passado, de acordo com dados preliminares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O desmatamento na Amazônia havia aumentado pela última vez em fevereiro e março de 2023, logo após o presidente Lula tomar posse.
O aumento na destruição florestal se deve em parte a uma greve de trabalhadores ambientais iniciada em junho, que reduziu drasticamente a aplicação das leis contra o desmatamento, disse Wallace Lopes, líder do sindicato de trabalhadores ambientais Ascema.
“A greve certamente impactou no aumento desses dados, tem as informações de redução de número de autos de infração lavrados, número de operações executadas na Amazônia e número de embargos também”, disse.
Os dados surgem em um momento em que a floresta amazônica tem sofrido inúmeros incêndios, em meio a uma seca na região impulsionada pelas mudanças climáticas. A temporada de incêndios normalmente atinge seu pico em agosto e setembro.