O casal foi alvo de cinco mandados de busca e apreensão, no Ceará e no Acre, por suspeita de integrar uma organização criminosa que teria “lavado” até R$ 10 milhões em território cearense, a partir de empresas de fachada. No outro Estado, esse número pode chegar a R$ 100 milhões.
A reportagem apurou que existe a suspeita de que o casal tenha relações com a facção criminosa Comando Vermelho (CV) e com o tráfico internacional de drogas. O homem já foi preso em flagrante com 700 kg de drogas, junto de outros dois suspeitos, no Rio Grande do Norte, em 2014.
Lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF), que integra a Ficco, divulgou que os alvos da Operação Boiúna teriam formado um “complexo mecanismo de lavagem de dinheiro”, usando empresas de fachada “para legalizar ativos provenientes do crime, além de recorrer a sucessivos refinanciamentos de veículos de alto valor como método de branqueamento de capitais”.
O nome da Operação faz referência a uma lenda amazônica. Boiúna é apontada como uma cobra gigantesca, que vive no fundo dos rios, lagos e igarapés da Amazônia e que atrai pescadores com o seu corpo brilhante, para virarem alimentos.
A Ficco/CE é integrada pela Polícia Federal, Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), Polícia Militar do Ceará (PMCE), Polícia Civil do Ceará (PCCE), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), Perícia Forense do Estado do Ceará (Pefoce) e Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP).