Um estudo recente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta terça-feira (13), revelou uma redução na taxa de mortes violentas intencionais (MVIs) entre crianças e adolescentes no Acre, mas ainda aponta números alarmantes. Entre 2016 e 2020, o estado registrou uma média de 76 MVIs anuais nessa faixa etária.
Os dados mostram que, ao longo desses cinco anos, 380 jovens foram vítimas de violência intencional no Acre. A análise destaca que a maioria das vítimas estava na faixa etária de 15 a 19 anos, com um total de 335 mortes. O detalhamento por faixa etária é o seguinte:
• 0 a 4 anos: 2 mortes
• 5 a 9 anos: 1 morte
• 10 a 14 anos: 42 mortes
• 15 a 19 anos: 335 mortes
Em 2020, o Acre registrou 69 mortes violentas intencionais de jovens entre 5 e 19 anos, das quais 14 ocorreram durante intervenções policiais, representando 14% do total. Esse ano marcou uma taxa de 38,41 mortes por 100 mil habitantes na faixa etária de 10 a 19 anos, a mais baixa desde o início da série histórica. O ano de 2017 apresentou o pico mais alto dessa taxa. É importante ressaltar que os dados de 2019 não foram incluídos no levantamento.
O estudo também abordou a violência sexual contra menores, mas os dados específicos para o Acre não foram disponibilizados. A redução nas taxas de MVIs é um avanço, mas os números ainda evidenciam a necessidade de contínuas ações de prevenção e intervenção para proteger os jovens no estado.