Jarude visita Mercado Elias Mansour e feirantes alegam prejuízo de até R$ 20 mil por mudança mal planejada: “Tratam a gente como cachorro”

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O pré-candidato a prefeito de Rio Branco pelo Partido Novo, Emerson Jarude, visitou nesta quinta-feira (4) os feirantes do Mercado Elias Mansour, no centro de Rio Branco, que enfrentam dificuldades com as recentes mudanças ocorridas devido à demolição do local para a construção de um projeto que a gestão municipal denominou de “mercado cultural turístico”.

Há algumas semanas eles foram informados pela Prefeitura de Rio Branco que teriam que deixar o local para início das obras que tem previsão de serem concluídas em um ano, porém, não estava no planejamento a realocação dos feirantes e após muitos protestos, uma estrutura provisória foi construída de forma que desagradou quem trabalha no local, muitos deles estão lá há mais de 30 anos e revelaram a Jarude que não foram se quer consultados para o projeto.

“Eles começaram as obras sem ter para onde todos irem, alguns feirantes estão lá no novo local e outros ainda aqui porque não tem lugar pra ir. Mandaram até mesmo a gente ir vender no meio da rua e eu falei que não somos cachorro. Aqui nem banheiro tem mais, não tem água, como vamos trabalhar desse jeito? Não podemos perder nossos produtos”, revelou dona Fátima, que vende verduras no local.

A maior parte dos feirantes alega ainda que os poucos que apoiaram a obra foram privilegiados com box maiores e com melhor localização, enquanto aqueles que protestaram, foram ameaçados.

“Isso é pura falta de planejamento, tinham que primeiro ter organizado um espaço bom para todo mundo e depois de realocar todos, aí sim começar a reforma. Isso é uma questão de respeito com quem trabalha aqui”, defendeu Emerson Jarude.

Entre tantas insatisfações, os feirantes ainda arcam com o prejuízo na queda das vendas, pois segundo eles, não há placas indicando o novo local e como a saída aconteceu de forma repentina, nem mesmo os clientes fiéis sabem onde eles estão por falta de divulgação da gestão. Um dos peixeiros do local disse que teve um prejuízo de R$ 20 mil: “Vai completar quatro semanas que estamos aqui e as vendas caíram muito, não divulgaram, não tem uma placa descente. Todo mundo quer melhoria, sim, mas eles precisavam ter conversado primeiro, panejado melhor e não fazer assim de qualquer jeito”.

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