Nesta quarta-feira, 3, a Justiça do Acre aumentou a pena do ex-policial penal Genildo Gabriel da Silva para mais de 13 anos de prisão. Genildo foi condenado em novembro de 2021, a 11 anos e 7 meses pelos crimes de corrupção passiva e por integrar organização criminosa. Entretanto, após a sentença, o Ministério Público e a defesa decidiram recorrer da condenação.
O agente de segurança foi preso em flagrante em 11 de junho de 2021, durante uma operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (DRACO). O agente de segurança pública foi flagrado na entrada do presídio com dois cartões de memória, cartas e agulhas para fazer tatuagem.
Genildo continha diversas pastas com informações de familiares de presos. Entre elas, uma carta da esposa de um preso para ele. A polícia também achou conversas do policial penal com familiares de presos dos pavilhões A, B, C, D, E, O e P.
O advogado de Genildo Gabriel alegou no recurso que não há provas suficientes sobre a autoria do delito de integrar organização criminosa e pediu a absolvição ou redução da pena. Em contrapartida, na apelação criminal, os promotores do GAECO solicitaram o aumento da pena. Para o Ministério Público, o juiz de primeiro grau julgou como neutros os motivos e circunstâncias do crime.
A juíza Olívia Ribeiro, convocada pelo desembargador Francisco Djalma, negou o pedido da defesa e acatou o recurso do Ministério Público do Acre. O voto foi acompanhado pelos demais magistrados.
Com a decisão, a pena do ex-policial penal passou de 11 anos e 7 meses para 13 anos e 8 meses, em regime inicial fechado. Genildo Gabriel foi investigado durante três meses pela Polícia Civil.