Por unanimidade, os deputados estaduais elegeram como novo presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac), o deputado Nicolau Júnior. Na mesma chapa o atual presidente, deputado Luiz Gonzaga, foi eleito como primeiro-secretário e o deputado Pedro Longo foi eleito como primeiro vice-presidente.
A eleição da Mesa Diretora foi antecipada após decisão da maioria parlamentar.
De acordo com o regimento interno da casa legislativa, a eleição deveria ser realizada em fevereiro de 2025.
A chapa eleita comandará a Aleac no biênio 2025-2026. A chapa única foi composta da seguinte forma:
Presidente- Nicolau Júnior
1a secretário – Luiz Gonzaga
1 vice-presidente-Pedro Longo m
2a secretário- Chico Viga
3 secretário- Antônia Sales
2 vice presidente- Maria Antônia
3 vice presidente- eduardo Ribeiro
4-secretario- Gene Diniz
5- Secretário- André Vale
Divergências marcaram eleição da Mesa
A eleição da Mesa foi marcado por embates entre situação e oposição a respeito da suposta interferência do Executivo na decisão da antecipação da eleição da Mesa Diretora.
O deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB) afirmou que a antecipação da eleição foi uma vontade imposta pelo governador Gladson Cameli e uma tentativa de evitar o debate sobre o assunto.
“Sabemos que essa decisão de antecipar é uma vontade imposta, imposta pelo governador. A antecipação da eleição prejudica o que tem de mais importante em um parlamento que é o debate”, diz.
O deputado Emerson Jarude (Novo) afirmou que é contra a antecipação da eleição da Mesa Diretora porque irá coincidir com período eleitoral.
“Não havia necessidade dessa antecipação, pois a base é ampla maioria. Existe um motivo para a eleição ser só em fevereiro que é justamente para não coicindir com o processo eleitoral, mas estão atropelando o processo. Sempre defendi a independência desse parlamento”, diz.
O deputado Fagner Calegário afirmou que mesmo apoiando Nicolau Júnior para a presidência ele não concorda com a antecipação.
“O governo está com medo do resultado das eleições, tanto de Cruzeiro do Sul como aqui de Rio Branco e, por isso, quis antecipar. Não concordo com a antecipação, mas eu voto no deputado Nicolau, pois eu iria votar de qualquer forma”, diz.
O deputado Eduardo Ribeiro afirmou que a antecipação foi normal e negou que houvesse interferência do governador Gladson Cameli.
“Isso é perfeitamente legal. Essa é uma decisão do Poder Legislativo, sem interferência, aqui não estamos elegendo puxandinho para o Executivo”, declarou.
O parlamentar Gilberto Lira também negou que tenha acontecido pressão por parte do governo e que a decisão foi dos próprios deputados.
O líder do governo, deputado Manoel Moraes, também negou interferência do Executivo, parabenizou a condução da atual diretoria da Mesa e afirmou que tudo ocorreu dentro da legalidade.
“Não há nada de errado, tudo seguiu dentro da lei. Sabemos do bom trabalho que essa Mesa vem fazendo e acreditamos no trabalho feito e no que ainda desenvolverão”, diz.