Agência Nacional de Águas declara situação crítica nos rios Madeira e Purus

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A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitiu um alerta de emergência para os rios Madeira e Purus e seus afluentes nesta segunda-feira (29), devido à grave escassez de água que afeta essas regiões. A declaração, que se estende até 30 de novembro, marca um momento crítico para a bacia do Purus, que se estende por cerca de 368.000 km² e abrange áreas significativas nos estados do Acre e Amazonas, além de uma porção do Peru.

A seca prolongada está afetando seriamente os níveis dos rios, comprometendo a navegação e a geração de energia hidrelétrica. O período chuvoso, que normalmente vai de novembro a abril, trouxe chuvas abaixo da média, e a tendência de seca persiste, resultando em níveis históricos baixos nos corpos d’água da região.

A situação é particularmente preocupante para o transporte aquaviário, que desempenha um papel crucial na economia da Amazônia. A Hidrovia do Rio Madeira, uma importante rota para o escoamento de produtos e serviços essenciais, está sendo fortemente impactada, afetando desde a produção agrícola até o transporte de combustíveis e medicamentos. Além disso, a seca está prejudicando o abastecimento de água para comunidades locais, incluindo Porto Velho, que depende do rio Madeira para suas necessidades básicas.

A ANA, conforme estipulado pela Lei nº 9.984/2000, adotou a medida para facilitar um monitoramento mais rigoroso e coordenar ações de mitigação com os usuários de água e gestores regionais. A declaração tem como objetivo aumentar a conscientização sobre a crise e permitir a implementação de medidas que minimizem os impactos nos usos da água, como ajustes nas regras de operação dos reservatórios e na gestão dos recursos hídricos.

As duas principais usinas hidrelétricas localizadas no rio Madeira, Jirau e Santo Antônio, que juntas representam 6,7% do Sistema Interligado Nacional, também estão em risco. Ambas as usinas, que operam a fio d’água, podem enfrentar desafios devido à baixa disponibilidade de água, o que poderia afetar a geração de energia e, consequentemente, a oferta de eletricidade para outras regiões.

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