O policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto, acusado pelo assassinato de Wesley Santos da Silva durante a ExpoAcre no ano passado, está enfrentando dificuldades financeiras após a suspensão de seu salário. Sua defesa expressou preocupação com a situação, destacando as consequências para a família do acusado.
Segundo Carlos Venicius, advogado de Silva Neto, seu cliente está sendo injustamente estigmatizado pela opinião pública antes mesmo do julgamento. “Ele não está mais recebendo do Iapen. A suspensão do salário é uma das maiores penalidades. A família agora está lidando com a ausência desse sustento. Existe uma percepção equivocada de que ele atirou em uma mulher e um jovem sem motivo, mas o processo apresenta uma realidade diferente”, afirmou Venicius.
Na última quarta-feira, durante a audiência de instrução, a defesa solicitou a revogação da prisão preventiva do policial penal, porém o pedido foi negado pela justiça acreana.
O caso agora avança para as alegações finais tanto do Ministério Público do Acre (MPAC) quanto da defesa, seguido pela emissão da sentença pelo juiz.
Além da acusação de assassinato, Silva Neto também enfrenta acusações de tentativa de feminicídio e assédio contra Rita de Cássia, namorada de Wesley, que foi ferida na cintura e na perna direita pelo agente, mas sobreviveu ao ataque.
Relembre o caso
O jovem Wesley Santos da Silva, de 20 anos, faleceu na UTI do Pronto-Socorro de Rio Branco, após ser baleado pelo policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto durante a Expoacre. Rita de Cássia, namorada de Wesley, também foi atingida. O policial e seu tio foram presos em flagrante, mas o tio foi liberado após prestar depoimento como testemunha.