Menina de 13 anos aborta criança e pai seria um político acreano

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp
Imagem ilustrativa

Em Porto Walter, uma adolescente de 13 anos confessou à polícia civil ter realizado um aborto a pedido de um funcionário público e pré-candidato a vereador pelo União Brasil. O corpo do natimorto foi encontrado em um terreno no Bairro Portelinha, no dia 1° de junho, já em estado de decomposição e sendo consumido por animais.

O suspeito, identificado como Sérgio, nega envolvimento no crime. Segundo o delegado José Obetanio, Sérgio admitiu ter transferido R$ 50 via PIX para a adolescente, alegando que o dinheiro era destinado à compra de alimentos. No entanto, a jovem afirmou que Sérgio forneceu, além do dinheiro, medicamentos para induzir o aborto. “A palavra dela tem que ser levada em consideração”, declarou Obetanio. A polícia já autorizou a exumação do corpo para a realização de um exame de DNA que pode confirmar a paternidade. Se comprovado que Sérgio induziu a adolescente ao aborto, ele poderá ser responsabilizado criminalmente.

A adolescente, que desenvolveu uma infecção devido ao aborto, estava internada na Unidade de Saúde de Porto Walter e deveria ser transferida para Cruzeiro do Sul para exames e tratamento. No entanto, segundo Erasmo Oliveira Sales, gerente-geral da unidade, a menina foi retirada do hospital por uma mulher que assinou um Termo de Responsabilidade. “Ela está trancada em casa até onde eu sei”, afirmou Sales.

A enfermeira Jamila Ferreira da Silva, da Vigilância Epidemiológica de Porto Walter, esclareceu que o corpo encontrado não era de um feto, mas de um natimorto. “Como o corpo tem 525 gramas e mais de 30 centímetros, não é considerado um feto, mas um natimorto. Imagino que seria uma gravidez de até seis meses”, relatou Jamila, expressando também preocupação com a saúde da mãe, pois a placenta não foi expelida.

O Conselho Tutelar de Porto Walter interveio para garantir que não houvesse violação dos direitos da adolescente, que está impedida de fornecer informações sobre o caso.

Facebook
Twitter
LinkedIn
WhatsApp