Sendo uma das pautas da greve da Universidade Federal do Acre (UFAC) o cuidado com o meio ambiente do campus de Rio Branco e de Cruzeiro do Sul, a universidade sofre com o escoamento de esgoto sem tratamento nos lagos da Ufac o que prejudica o ecossistema do lago.
A professora Leila Peters, doutora em Ciências e pesquisadora que trabalha com microorganismos, e em um vídeo publicado no instagram da Associação dos Docentes da Universidade do Acre (ADUFAC), cita que existem trabalhos e pesquisas realizados na universidade que podem usar microorganismos e plantas como biorremediadoras no tratamento do esgoto.
A professora explica que ao lançar esgoto sem tratamento nos lagos da Ufac pode levar a uma eutrofização, que é a poluição de corpos de água e que ocasiona à falta de oxigênio para os seres vivos que vivem nesse ambiente. Esse processo pode provocar a morte de diversos animais e vegetais do lago e torna a água impura para o consumo de animais que se hidratam naquele local, como às diversas capivaras que residem no campus da Ufac, no dia 21/06/2024 foi encontrada uma capivara morta no lago da UFAC.
“A Profa. Dra. Leila Peters fala sobre a ausência de tratamento de esgoto do Restaurante Universitário que é despejado diretamente nos lagos da Ufac. A própria comunidade acadêmica possui pesquisa na área e apresenta soluções para a situação, mas é ignorada pela Administração Superior. Os termos de compromisso advindos das reivindicações docentes estão sendo igualmente ignorados pelos representantes da gestão da universidade”, disse trecho publicado pela Adufac.
A reportagem da Folha do Acre entrou em contato com a assessoria de imprensa da Ufac, mas até o fechamento desta edição não recebeu respostas sobre o assunto. O espaço segue reservado para os devidos esclarecimento da universidade.