“Aquele era o dia que a morte marcou para encontrar Wesley”, diz defesa de policial que matou jovem na Expoacre

Na sequência de um incidente fatal ocorrido na Expoacre no ano passado, onde Wesley Santos da Silva, de 20 anos, foi morto por um tiro, a defesa do policial penal Raimundo Nonato Veloso da Silva Neto se pronunciou após a decisão que manteve sua prisão preventiva.

Os advogados Wellington Frota e Carlos Venícius, que representam o policial, argumentam que Raimundo Nonato está sendo injustamente estigmatizado pela sociedade. Eles contestam a narrativa predominante, enfatizando que os tiros disparados foram uma reação às agressões sofridas pelo policial, principalmente por parte da namorada de Wesley, Rita de Cássia, na época com 18 anos.

“Veja que em nenhum momento o senhor Raimundo Nonato demonstra a intenção de executar ninguém. É só olhar os registros. Ele escolheu mirar e atingir em regiões não letais. Só que, infelizmente, aquele era o dia que a morte tinha marcado para encontrar o senhor Wesley. E ele foi arrastado para esse encontro pela senhora Rita de Cássia”, declarou um dos advogados do acusado

Rita de Cássia afirmou ter sido vítima de importunação sexual pelo policial penal, desencadeando o conflito que resultou no tiroteio. A defesa ressalta que os tiros foram direcionados para regiões não letais, apesar de um deles ter sido fatal para Wesley, possivelmente devido à sua baixa estatura.

O advogado Carlos Venícius destaca que Raimundo Nonato não tinha a intenção de matar as vítimas, mas apenas se defender das agressões, como evidenciado pelo fato de ter atirado “para baixo”.

A decisão de manter o policial penal preso preventivamente foi tomada pelo juiz Flávio Mariano Gundim, após uma audiência de instrução e julgamento no Fórum Criminal. Agora, aguarda-se a decisão final sobre se Raimundo Nonato será levado a júri popular.