Deputada disse ainda que partido não pode “virar puxadinho” de outra sigla
Em uma coletiva de imprensa realizada pela manhã, a deputada federal Socorro Neri (PP) fez uma denúncia contundente de violência política de gênero, destacando a importância de enfrentar e coibir essas práticas que ainda persistem na sociedade. A parlamentar citou o exemplo da então senadora Mailza Assis, que também denunciou ter sido vítima desse tipo de violência.
Socorro Neri, conhecida por seu lema de vida de ser “forte e corajosa”, revelou que tem enfrentado violência política desde que deixou a vida acadêmica para ingressar na vida política. Ela ressaltou que as agressões têm afetado sua autoconfiança e anunciou que buscará as instâncias adequadas para enfrentar essa situação dentro do próprio partido ao qual se filiou em 2022.
A deputada explicou que escolheu o PP não por falta de opções, mas por lealdade ao governador Gladson Cameli, e enfatizou que estaria em qualquer partido que ele estivesse. No entanto, expressou profunda tristeza ao iniciar a coletiva de imprensa para denunciar as violências que vem sofrendo.
“Não é natural e nem aceitável que uma parlamentar não possa exercer seu direito de se posicionar e de emitir sua opinião sobre os rumos do partido ao qual está filiada”, afirmou Socorro Neri. Ela destacou a importância de combater e coibir a violência política de gênero, que busca silenciar e desmoralizar as mulheres na política.
A deputada apontou casos recentes, como o episódio em Brasiléia, como exemplos de tentativas de intimidação e constrangimento público com o objetivo de descredibilizá-la perante a sociedade acreana. Diante disso, Socorro Neri iniciou a coletiva de imprensa nomeando essas práticas pelo que são: violência política de gênero.
A denúncia feita pela deputada Socorro Neri ressalta a importância de reconhecer e enfrentar a violência política de gênero, garantindo o pleno exercício dos direitos das mulheres na esfera política e social.
“Não é natural nem aceitável que uma parlamentar não possa exercer o seu direito de se posicionar e de emitir sua opinião sobre os rumos do partido ao qual está filiada. É irracional compreender que uma deputada federal não tenha o direito de colocar o seu nome à disposição do partido para que este não fique sem candidato próprio na capital do estado e receba como única resposta para o seu gesto mais uma forte tentativa de desmoralização pública, patrocinada pelos dirigentes locais do PP. Então, assim como a senadora Mailza fez em 2022 na tribuna do Senado, começo esta coletiva nomeando estas práticas pelo que elas são: violência política de gênero, que não apenas não podem ser praticadas como devem ser coibidas pelos dirigentes políticos partidários. A violência de gênero está devidamente caracterizada em episódios recentes relacionados a Brasiléia e desta semana amplamente divulgados, os quais tiveram como finalidade me silenciar pela intimidação e constrangimento público, descredibilizando-me perante a sociedade acreana”, afirmou a deputada.