O estado do Acre enfrenta uma grave crise de saúde pública, levando à declaração de situação de emergência nesta terça-feira (14). O aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) e a superlotação dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) são os principais motivos por trás da medida.
De acordo com o painel de monitoramento da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre), a capital, Rio Branco, está enfrentando uma situação crítica. Dos 27 leitos de UTI disponíveis no Pronto-Socorro, 26 estão ocupados. Além disso, na Fundhacre e no Hospital Santa Juliana, todos os leitos de UTI estão sendo utilizados, intensificando a pressão sobre o sistema de saúde local.
A crise também se estende à região do Juruá, onde todos os 10 leitos de UTI estão ocupados, agravando ainda mais a escassez de recursos para o tratamento de pacientes em estado grave.
Na semana anterior, o secretário de Saúde Pedro Pascoal destacou que a maioria dos leitos de UTI está sendo ocupada por casos relacionados a politraumas, infecções não respiratórias e, em último lugar, síndromes respiratórias. A ocupação dos leitos infantis de UTI também é alarmante, com 4 dos 15 leitos ocupados no Pronto-Socorro e 9 dos 20 no Hospital da Criança.
Diante desse cenário preocupante, as autoridades de saúde do Acre estão mobilizando esforços para enfrentar a crise, buscando alternativas para expandir a capacidade de atendimento e garantir o cuidado adequado aos pacientes afetados pela pandemia e outras condições de saúde graves.