Uma série de medidas controversas tomadas pela prefeita Maria Lucinéia Nery em relação ao problema da falta de espaço no antigo cemitério São João Batista da cidade têm gerado insatisfação e descontentamento entre os moradores locais da cidade de Tarauacá. As ações, que incluem aquisições de terrenos e desapropriações, agora estão sob escrutínio do Ministério Público.
Uma das medidas em questão foi a compra de um terreno adjacente ao antigo cemitério, com a intenção de construir cerca de uma centena de “gavetões” para novos túmulos. No entanto, essa iniciativa gerou críticas dos moradores próximos, já que os novos túmulos avançaram em direção às residências, além de ter sido realizada sem a devida licença ambiental.
Ao mesmo tempo, a prefeita também buscou adquirir um terreno afastado da zona urbana para a construção de um novo cemitério. Contudo, essa estratégia também enfrentou problemas legais, com o Ministério Público ajuizando uma ação por improbidade administrativa devido a supostas irregularidades na desapropriação do terreno.
A situação se intensificou quando veio à tona uma denúncia de que o pagamento de R$ 400 mil em uma desapropriação “amigável” foi superfaturado em mais de 100%. Segundo o Ministério Público, o terreno foi vendido por um valor muito acima do praticado no mercado, levantando suspeitas de favorecimento indevido.
O promotor responsável pela investigação, Júlio César Medeiros, afirmou que todas as ações movidas contra a prefeita foram fundamentadas e que sua remoção para outra cidade não diminuirá o rigor na apuração dos fatos. Enquanto isso, a prefeita nega as acusações e alega perseguição política por parte do Ministério Público.