Na manhã desta terça-feira, policiais penitenciários se reuniram em frente à Casa Civil para expressar suas demandas ao governo do Acre. Os manifestantes buscavam melhorias salariais, segurança e condições de trabalho adequadas.
Um dos policiais penais, que preferiu manter o anonimato, explicou as motivações por trás da greve: “Nos últimos 16 anos, desde a primeira turma de policiais penais, houve uma desvalorização significativa, tanto em número de efetivo quanto em remuneração salarial. Quando iniciamos no sistema prisional, tínhamos 3 mil presos, e hoje são cerca de 8 mil. Enquanto um policial civil recebe de 12 a 14 mil, nós recebemos apenas 7 mil, então a diferença é muito grande. Queremos valorização salarial e mais efetivos, pois no último concurso foram ofertadas 200 vagas, mas temos um déficit de 600 vagas a serem preenchidas.”
Além disso, os manifestantes destacaram a necessidade urgente de segurança e saúde: “Hoje, não temos segurança. O policial penal muitas vezes mora próximo a áreas controladas pelo crime organizado e busca uma segurança financeira para garantir a proteção da família em um bairro mais seguro.”
A manifestação, que já ocorre há meses, também enfatizou a importância do apoio à saúde mental dos policiais: “Muitos de nós enfrentam problemas psicológicos devido ao estresse da profissão, e acabam precisando de medicamentos controlados. O sistema prisional é o segundo mais estressante do mundo, pois lidamos diretamente com o crime organizado. A polícia civil investiga e prende, mas somos nós que lidamos diretamente com os desafios do ambiente prisional. Merecemos ser valorizados da mesma forma que essa outra categoria.”