Policiais penais denunciam diretor do Iapen por assédio moral; caso envolve fofocas

O presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Estado do Acre (Iapen), Alexandre Nascimento, está sendo alvo de denúncias de assério moral dentro presídio de Rio Branco contra policiais penais.

A Associação dos Servidores do Sistema Penitenciário do Acre (ASSPEN/AC) divulgou uma nota de repúdio aos supostos atos de arbitrariedade e desrespeito praticado por Alexandre Nascimento de Souza, contra as policiais penais integrantes da equipe “B” do presidio feminino. O suposto assédio teria ocorrido durante reunião realizada na unidade prisional.

Conforme consta nos relatos das policiais penais, o gestor de forma vil e ultrajante, por motivações pessoais e desvinculadas do exercício da função, brandou ameaças as integrantes da equipe, em situação de total descontrole emocional, utilizando do aparato estatal como meio intimidador, afirmando, inclusive, que as mesmas estavam sendo investigadas e que haviam celulares “grampeados”.

“A conduta do ofensor trouxe danos morais e emocionais as servidoras, tendo a ASSPEN/AC colado à disposição das denunciantes sua assessoria jurídica para as providencias legais nos âmbitos administrativo, criminal e civil, como forma de evitar que situações semelhantes não se repitam no sistema penitenciário”, diz trecho da nota.

Confira a nota com a denúncia da agentes de segurança:

Nós da equipe B da unidade feminina de Rio Branco, queremos demonstrar nosso repúdio e indignação pela forma como nós servidoras fomos tratadas pelo atual presidente do Iapen, o senhor Alexandre Nascimento, que em nosso local de serviço nos acusou de termos dado prosseguimento a fofocas relacionadas a sua vida íntima. O senhor Alexandre Nascimento de forma vil e ultrajante desrespeitou todas as servidoras presentes e de forma ameaçadora afirmou que a polícia civil já havia grampeado todos os telefones e que íamos pagar muito caro, que exigia respeito para com a sua pessoa. Senhor Alexandre, gostaríamos de dizer que nós é que exigimos respeito, somos todas mães de família, responsáveis, servidoras de conduta ilibada e sem nenhum processo contra nossa pessoa, não somos molecas, que o senhor veio em nosso local de trabalho para fazer acusações infundadas, fazer ameaças e difundir medo, sendo que toda a sua fúria deveria ter sido direcionada aos verdadeiros culpados e não contra nós que não tínhamos nada a ver com o assunto, mas saiba que não nos causou medo, pelo contrário, causou muita revolta. Não vamos nos calar e muito menos ficar inertes diante de tamanha injustiça cometida contra nós.

A Folha do Acre mantém espaço reservado para os devidos esclarecimento do direto presidente do Iapen.