MS alerta para propagação da febre oropouche no Acre e em outros estados

Segundo informações divulgadas pelo Ministério da Saúde, o Acre está entre os estados que requerem atenção especial devido à propagação da febre oropouche. De acordo com o boletim atualizado até quarta-feira (15), o Brasil registrou um aumento significativo nos casos da doença, totalizando 5.102 casos desde o início do ano. A maior incidência foi observada no Amazonas, com 2.947 casos, seguido por Rondônia, com 1.528 casos. Além desses, foram relatados casos em outros 11 estados: Bahia, Espírito Santo, Pará, Rio de Janeiro, Piauí, Roraima, Santa Catarina, Amapá, Maranhão e Paraná.

A preocupação com a febre oropouche surgiu após o Acre decretar estado de emergência devido à epidemia de dengue. Após uma investigação realizada pelo Ministério da Saúde na região, foi constatado que muitas pessoas notificadas com a dengue estavam, na verdade, infectadas com o vírus oropouche. Essa situação levanta a possibilidade de que o número real de casos seja ainda maior, especialmente devido à semelhança dos sintomas entre as duas doenças, que incluem dor de cabeça, nos músculos e articulações, náuseas e diarreia.

Diante desse cenário, o Ministério da Saúde emitiu um alerta aos profissionais de saúde, enfatizando a importância da realização de testes para identificar corretamente a doença de cada paciente. Os cuidados e tratamentos devem ser direcionados de acordo com o diagnóstico específico, já que os pacientes com febre oropouche geralmente apresentam dores de cabeça mais intensas do que aqueles com dengue.

Apesar do aumento no número de casos, até o momento não foram registradas mortes associadas à febre oropouche. No entanto, a secretária de saúde ressalta a importância de se manter atento à patologia. O vírus oropouche é transmitido principalmente pela picada do mosquito Culicoides paraensis, também conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, que primeiro pica um indivíduo ou animal infectado e depois uma pessoa saudável, transmitindo a doença.