O Brasil foi alertado pelo Ministério da Saúde sobre o primeiro caso autóctone de cólera em 18 anos, um tipo de doença bacteriana intestinal que, se não tratada, pode resultar em morte. O paciente afetado é um homem de 60 anos, residente em Salvador – Bahia.
A Secretaria de Saúde Ambiental do município rapidamente coletou amostras de água da residência do paciente e monitorou o teor de cloro na água para rastrear a origem da doença. Segundo informações do Ministério da Saúde, a cólera é provocada por uma toxina produzida por dois sorogrupos da bactéria Vibrio cholerae, e sua transmissão pode ocorrer pelo consumo de água ou alimentos contaminados.
O consumo de peixes e crustáceos provenientes de água doce ou do mar contaminada também pode ser uma fonte de infecção, já que a bactéria é encontrada no ambiente aquático. A transmissão fecal-oral é outra rota comum de contágio, especialmente quando as mãos não são adequadamente higienizadas após o uso do banheiro.
Os sintomas da cólera incluem diarreia e vômito agudos, levando à desidratação e afetando a circulação sanguínea e as funções renais. Em casos graves, a doença pode resultar em necrose renal, problemas cardíacos, convulsões, diminuição do volume sanguíneo e até mesmo óbito.
Para prevenir a cólera, é recomendado o consumo de água filtrada, a fervura da água encanada antes do consumo e a preferência por alimentos preparados e servidos quentes, evitando comidas cruas como saladas e sushis. Além disso, colocar as frutas de molho em água com um pouco de cloro pode ajudar a eliminar possíveis contaminantes.
A vacina contra a cólera é indicada principalmente em áreas de alto risco ou para viajantes e trabalhadores que se deslocam para regiões endêmicas. Portanto, é essencial que os municípios possuam serviços de saneamento básico e um adequado tratamento da água para prevenir a disseminação da doença em comunidades locais.