Ministros se reuniram na tarde desta sexta-feira, 3, para anunciar o adiamento do Concurso Nacional Unificado (CNU) em todo o país. A decisão resultou de intensas discussões ao longo da semana, devido à situação de calamidade pública no estado do Rio Grande do Sul.
As intensas chuvas devastaram várias regiões do estado, resultando na morte de 37 pessoas, com mais de 70 desaparecidas e milhares desabrigadas. Cerca de 80 mil pessoas do Rio Grande do Sul estão inscritas no “Enem dos Concursos”. Argumentos humanitários e políticos também foram levantados em favor do adiamento, considerando que a realização do concurso poderia ser interpretada como falta de sensibilidade por parte do governo.
A ministra da Gestão e Inovação de Serviços Públicos, Esther Dweck, explicou: “A gente sabe que os candidatos estão se preparando e se mobilizando para fazer a prova, mas o que a gente percebeu é uma situação difícil que vem se agravando no Rio Grande do Sul. A conclusão que tivemos hoje é que seria impossível realizar a aplicação da prova no estado. Chegamos à conclusão de que a solução mais segura para todos os candidatos é de fato o adiamento da prova, garantindo que os 100 milhões de candidatos inscritos tenham as mesmas condições de fazer a prova.”
A ministra Dweck explicou ainda que as provas já haviam sido entregues a 75% dos locais de aplicação no Brasil, e que elas estão em locais seguros. Elas serão recolhidas e utilizadas quando a nova data for definida, mantendo-se a mesma prova que já havia sido preparada. A nova data da prova ainda não foi definida, caso o adiamento seja confirmado.
O Governo Federal pede a compreensão de todos os envolvidos, e informa que a nova data será divulgada assim que a situação se normalizar.