Em um ato de protesto contra a suspensão de serviços essenciais durante a greve dos professores, estudantes da Universidade Federal do Acre (UFAC) ocuparam a reitoria da instituição. A decisão de ocupação surge em resposta ao anúncio da administração da UFAC de paralisar o restaurante universitário e interromper as bolsas de estudos devido à greve dos docentes, iniciada nesta quinta-feira (02).
O movimento, intitulado “Ocupa Já”, teve origem nas reuniões dos centros acadêmicos da universidade, que se mobilizaram diante da iminência da suspensão de serviços fundamentais para os estudantes. A decisão de ocupar a reitoria foi tomada como forma de pressionar a administração a rever suas medidas e garantir que os estudantes tenham acesso aos serviços durante o período de paralisação.
Segundo os manifestantes, a suspensão dos serviços como o restaurante universitário e as bolsas de estudo durante a greve dos professores representa um desrespeito aos direitos dos estudantes, que continuam necessitando de apoio e estrutura para prosseguir com seus estudos. A ocupação da reitoria tem como propósito “tirar a paz” dos gestores da universidade, demonstrando que os estudantes não consideram a greve como um período de férias, mas sim como um momento de luta por seus direitos e pela qualidade de sua educação.
“O movimento ‘ocupa já’ nasce das reuniões de centros acadêmicos da universidade, que diante da greve dos técnicos e agora dos docentes, viram as mobilizações das pró-reitorias em encerrar serviços necessários como o RU e os editais de bolsas e auxílios. Na mobilização dos estudantes junto dos professores ontem, foi levantado a possibilidade de fazer a ocupação que teria como propósito tirar a paz da reitoria, para que se faça entender por meio de luta que os estudantes tem direito aos espaços da universidade durante a greve e precisam de RU com qualidade e bolsas, pois greve nunca foi nem será sinônimo de férias. Os estudantes sempre serão quem move a universidade.” afirmou Joaquim Calixto, estudante de Licenciatura em Inglês e coordenador de cultura do Centro Acadêmico de seu curso.
Até o momento, não houve declarações oficiais da administração da UFAC em resposta à ocupação.