Acre deve enfrentar mais uma seca prolongada nos próximos meses

O pesquisador do projeto MAP-Resiliência Irving Foster Brown, professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), alerta as autoridades acreanas que o risco desabastecimento de água dos mananciais que abastecem a Bacia Hidrográfica do Rio Acre é alta, como a probabilidade de incêndios florestais e fortes ondas de calor no segundo semestre deste ano é grande nas regiões de Madre de Dios (Peru), Acre (Brasil) e Pando (Bolívia). Apontou que a previsão é de chuvas abaixo do normal nos próximos meses, e as temperaturas devem ficar acima do normal nesta parte da região de fronteira com os países andinos (Bolívia/Peru) nos meses de setembro, outubro e novembro deste ano.

“Estamos frente de uma situação séria. Creio que seria importante as autoridades se reuni-rem para discutir planos trinacionais para lidar com a situação de emergência”, sugeriu o pesquisador.

A redução drástica na lâmina d’água do rio Acre dar sinais que a população deve enfrentar desabastecimento nas cidades acreanas, em decorrência de uma nova seca prolongada que desponta no horizonte. A Defesa Civil Estadual busca tomar medidas preventivas com apoio dos municípios para mitigar os problemas decorrentes das mudanças climáticas.

O maior temor com as queimadas florestais, o risco de desabastecimento de mercadorias as cidades que ficam nas cabeceiras dos rios acreanos como Santa Rosa do Purus e Jordão e a falta de água nas escolas atendidas por poços cartesianos. “Estamos cobrando dos gestores da Defesa Civil Municipal para encaminharem os relatórios do monitoramento dos riscos e medidas que pretendem adotar para socorrer a população neste verão”, revelou o coronel Carlos Batista, coordenador estadual da Defesa Civil.

O oficial do Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBM/AC) observou que o Plano de Contin-gência está pronto, mas contou com a participação de todos os órgãos ambientais e o papel de cada um neste verão. Observou que o principal manancial que corta a capital acreana di-minuiu drasticamente o seu volume em comparação com anos anteriores.

A previsão de uma seca severa, com a previsão de aproximar da seca do ano passado. A medição da última segunda-feira (dia13) apontava a cota de 3,36 metros, o sinal que o rio baixou 90 centímetros em comparação com a medição da semana passada que tinha registrava 4,26 metros.

“Há dias que tem registrado uma redução do volume da chuva, mas com a chegada
da friagem a seca deve se intensificar nas próximas semanas”, prevê.

A Tribuna