Surto de gripe: UPA’s lotam por procura de pacientes com sintomas gripais em Rio Branco

Rio Branco tem apresentado aumento na procura da população por atendimento nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA) com sintomas da gripe.

As unidades de saúde têm apresentado um volume ainda maior de pacientes, o que faz com que o tempo de espera por atendimento aumente, o que resulta em mais reclamação dos usuários. Boa parte são os mesmos sintomas. Dores pelo corpo, febre e coriza.

“Estou assim há dois dias e não aguentei mais e vim procurar atendimento aqui na UPA da Sobral. Fui bem atendido, mas é muita gente com os mesmos sintomas. O corpo dói inteiro. O médico pediu raio-x dos meus pulmões, mas graças a Deus, é apenas a gripe muito forte mesmo”, conta Gabriel Duarte.

Antônia do Nascimento trouxe o pai, Augusto Nascimento, 62, para uma consulta com os mesmos sintomas. “É uma gripe muito forte que a gente não consegue curar só com remédio simples. A gente espera um pouco, mas pelo menos aqui, toma a medicação mais forte e faz exames.

Depois de ser medicado na veia, meu pai melhorou muito e já estamos indo embora”, diz a autônoma, que é moradora da região do Calafate.

A quantidade de pacientes justifica a capital acreana está apontada como uma das capitais do país onde há aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), principal principalmente devido ao vírus sincicial respiratório (VSR) e a influenza A — o vírus da gripe, como aponta o Boletim InfoGripe Fiocruz divulgado na última quinta-feira, 18.

Além disso, as mortes relacionadas à SRAG continuam mais altas entre os idosos. No entanto, o panorama é diferente para crianças de até dois anos de idade. O aumento da circulação do Vírus Sincicial Respiratório (VSR) tem ocasionado um crescimento expressivo na mortalidade por SRAG nesse grupo, ultrapassando os casos associados à Covid-19 nas últimas oito semanas epidemiológicas.

Caroline Andrade, pediatra do Hospital Santa Helena de Brasília, da Rede D’Or, explica que o VSR é um vírus respiratório comum, que geralmente causa sintomas semelhantes ao resfriado.

“Ele é responsável por infecção respiratória em todas as faixas etárias, porém ele é mais comum e pode ser mais grave em bebês e crianças. A população que tem maior chance de desenvolver a forma grave são os recém-nascidos prematuros, as crianças menores de 6 meses e os menores de dois anos que tem associado a alguma comorbidade,” informa.

Prevenção

Os especialistas destacam que a campanha da vacina contra gripe é uma das formas de combater a morte por SRAG, decorrente da influenza A. O foco é diminuir o risco de agravamento de um resfriado que pode acabar desencadeando uma internação — e até eventualmente, uma morte. Então a vacina da gripe é simplesmente fundamental. Outras recomendações para quem apresentar sintomas são fazer repouso e isolamento.

Ac24horas